TERRORISMO: INIMIGO OU PRETEXTO?
Mundão

TERRORISMO: INIMIGO OU PRETEXTO?



                             Por
                   Giovanni Couto
                   Roger Orlowski
 

          Alunos do Prof. Marlus Forigo
     na disciplina de Teoria Política do 2º per. de Relações Internacionais
  
As vésperas do aniversário de uma década do ataque que modificara completamente uma nação, o atentado de 11 de setembro de 2001, se mantêm bem vivo sob a figura do trauma, medo e ansiedade como é demonstrado por uma pesquisa realizada em solo americano pela revista Time, que revela que oito entre dez americanos esperam outro grande atentado. Este pessimismo se justifica quando se compreende que o terrorismo não é apenas um inimigo, mas é uma forma de luta, e como tal nunca será derrotada; é abjeta e efetiva para qualquer grupo político que pretenda atingir seus objetivos de forma violenta. É contexto que se insere a Al-Qaeda, uma organização que encontra em atos triunfo e visibilidade internacionais.
Foi a partir da violência imanente das práticas terroristas que o então presidente americano Bush encontrou os argumentos para levar a termo sua perspectiva acerca da política internacional pré-anunciada pelas críticas dirigidas ao seu antecessor quando em campanha pelo cargo de dirigente maior dos Estados Unidos: Direitos Humanos, diplomacia e diálogo não seriam prioridade em sua agenda política externa.
Desta forma, o atentado foi um viabilizador de uma política belicosa voltada e personificada na invasão do Afeganistão, reduto do regime Talibã e na guerra ao Iraque, pois sem o simbolismo da queda das torres, os votos dos democratas dificilmente seriam conquistados, e quem aprova o uso da força é apenas o congresso americano. A ameaça de armas de destruição em massa de Saddam Hussein e o insurgente terrorismo e de brinde ainda a liberdade para o povo iraquiano terminaram por legitimar as ações desencadeadas pelos americanos no continente asiático.
O 11 de setembro e a “guerra preventiva” ensinaram muito sobre a política americana: estes acontecimentos evidenciaram como os Estados Unidos da America são beligerantes e este fato é atestado pelas altas cifras de seu orçamento militar. A derrubada do talibã e a desarticulação - em tese - da Al-Qaeda atingiu mais de um trilhão de dólares e milhares de vidas de soldados, herança herdada pelo governo Obama.
Nem bem as torres caíram, e o mal estar foi erguido. A comunidade árabe e muçulmana que se restringe a menos de 3% da população americana tem uma atenção desproporcional: Presos, perseguidos e sem provas.
Estigmatizados árabes e mulçumanos, após a catástrofe se fizeram mais presentes do que nunca nas mesquitas, por uma questão de identidade. Para os americanos a construção de um centro islâmico nos arredores do marco zero do World Trade Center fora algo inaceitável, e outras medidas similares foram tomadas em diversos Estados. A intolerância e a descriminação aumentaram absurdamente após o ocorrido e isso intensificou o preconceito racial e religioso contra a comunidade, que logo, viu-se com o aparato nacional recaindo sob si de forma rápida e pesada.
Para muitos a queda do WTC gerou um medo cultural na figura do enraizamento do islã, para tantos outros, um pretexto bélico ou até somente procedimentos teatrais para realizar viagens. Ninguém pode, no entanto, negar foi um dos maiores acontecimentos da história contemporânea.



loading...

- O Inferno PÓs-onze De Setembro
Por Mariana Hazt LencinaRebecca Regina Flecha Braschi Alunas do Prof. Marlus Forigo na disciplina de Ciência Política do 1º per. de Relações Internacionais                ...

- Terroristas, Os Vilões Do Século
Por Marina Lombardi Imagine um terrorista. A não ser que você não tenha vivido o 11 de setembro, provavelmente o que te veio a cabeça foi a imagem de um homem, se não o próprio, muito semelhante a Osama Bin Laden. Agora, e se essa pergunta fosse...

- Inimigos Da Liberdade
Por Luiza Marie Ravedutti Desde os anos 50, o termo Guerra ao Terror sempre foi pauta para os EUA. Terror ao socialismo, terror à crise econômica, terror à influência da revolução cubana, terror ao terrorismo. Através de sua grande influência...

- A Legitimidade Do Terror
Por Bruna Fritzen Os atentados de 11 de Setembro já completaram seu décimo aniversário e o mundo continua focado na tarefa, um tanto inútil, de demonizar os indivíduos apontados como responsáveis pela sua execução. Essa cegueira generalizada...

- Yes, We Kill
Por Camilla Hoshino A confirmação se espalhou rapidamente através das agências internacionais de notícias. De repente, os comentários sobre a realeza postados nas mídias sociais foram dando lugar a uma realidade um pouco mais sombria: se no...



Mundão








.