Os Estados Unidos da América possuem uma grande e lucrativa indústria turística ofertando produtos e serviços para turistas domésticos e internacionais. De acordo com as estatísticas da Organização Mundial de Turismo (OMT), em 2009 os Estados Unidos encontravam-se na segunda posição mundial de um ranking entre principais países receptores do turismo internacional, sendo também o maior país arrecadador com o turismo internacional e o segundo maior país emissor com despesas nos outros destinos.
Em Washington DC encontram-se pontos de interesse turítico como a Casa Branca, o National Mall, o Capitólio e o Pentágono, local onde concentra a estrutura de defesa das Forças Armadas dos EUA, alvo de um avião no atentado terrorista de 11 de setembro.
Nova Iorque, uma das maiores e mais influentes cidades do planeta, é muito conhecida por possuir alguns dos principais símbolos e pontos turísticos do país, como a Estátua da Liberdade, o Empire State Building, o Central Park, a Times Square, a Fifth Avenue, entre outros. A cidade também possui uma das vidas noturnas mais agitadas do planeta. Com o atentado terrorista de 11 de setembro, a metrópole perdeu um conhecido atrativo, o World Trade Center, um dos prédios comerciais mais famosos do mundo. O World Trade Center era um complexo de sete edifícios, construído no início da década de 70 e idealizado pelo arquiteto japonês Minoru Yamasaki, localizado em Manhattan, Nova York. Dentro do complexo destacavam-se as Torres Gêmeas com 110 andares as quais eram consideradas um dos ícones da economia norte-americana, onde trabalhavam diariamente cerca de 50.000 pessoas.
O ataque terrorista de 11 de setembro acarretou uma transformação mundial uma vez que a maior potência do mundo estava sendo atacada nos símbolos mais significativos dos valores da democracia, da liberdade, da economia de mercado e do poder hegemônico dos Estados Unidos.
Os problemas da política migratória somados à antipatia cada vez maior dos estrangeiros com as políticas americanas levaram o setor turístico a pedir apoio ao governo para superar a crise desatada após os ataques em 2001.
Segundo a associação americana de turismo Travel Industry Association of America (TIA,) a participação dos Estados Unidos no turismo mundial neste período encontrava-se em seu nível mais baixo, perdendo 35% de sua fatia no mercado desde 1992.
A instauração de passaportes biométricos com microchip eletrônico contendo dados biológicos do passageiro, fotografia e impressões digitais, o novo documento de identidade com informações sobre a íris dos olhos, e a obrigatoriedade imposta pelo governo de um controle mais rigoroso para a concessão de vistos, acarretou para a política migratória americana um não incentivo ao turismo no momento pós-atentado.
Influentes comerciantes criticaram a burocratização excessiva no controle da imigração pela dificuldade e transtornos então necessários para fechar negócios com árabes sendo preciso para tanto ir a Londres, uma vez que a entrada desta nacionalidade estava vedada no país.
Três anos depois, em 2004, Nova York se recuperou e recebeu 39,6 milhões de visitantes, com aumento de 4,6% em relação a 2003. O segmento de visitantes internacionais - em um mercado em que este representa 40% de todo o gasto gerado pelos turistas - teve aumento significativo de 10,2%. De acordo com os dados divulgados pelas autoridades municipais e de turismo, esta foi a primeira vez que a cidade apresentou melhora nos números desde os atentados terroristas de 2001 aos Estados Unidos.
Onze de setembro de 2001 certamente foi uma data que serviu como uma linha divisória em vários aspectos do sistema político americano. Pode-se considerar que a história dos Estados Unidos ficou dividida no pré 11/09 e o pós 11/09. No pré 11/09 encontramos o país que fazia questão de se autodeclarar a primeira economia do mundo, com um esquema de segurança inquebrável e inabalável, com os mais caros programas para combater o terrorismo, e possuía a confiança de todos os seus nacionais, e que viu tudo isso ruir em questão de minutos com o atentado. O projeto antiterrorismo se intensificou, e o país acordou para realidade, que de nada adiantava gastar bilhões de dólares construindo satélites que destruíram mísseis, quando o “míssil” pode ser um avião próprio.
É necessário que o governo americano saiba conciliar a segurança nos aeroportos com o respeito aos direitos humanos. A fiscalização deve ser rígida, mas não deve ultrapassar os limites desses direitos fundamentais.
Referências Bibliográficas
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