Mundão
O termo mercantilismo deve ser entendido como um instrumento conceitual que nos permite compreender um dado período histórico,mais especificamente,uma fase da história da economia política.Enquanto instrumento teórico pode ser usado de diversas formas para obter certos resultados,mas conquanto o uso arbitrário seja um efeito colateral inescapável, podemos dizer tratar-se de um fenômeno econômico que abrange dos finais da idade média ao desenvolvimento do ideário do laissez –faire.
Se estabelecermos critérios de classificação podemos ainda dividir o conceito em “ângulos’ de análise todos concernentes a uma parcela da realidade à época.
Desta forma,podemos pontuar 5 perspectivas de análise.
1-Mercantilismo como unificador
2-Mercantilismo como sistema de poder
3-Mercantilismo como sistema monetário
4-Mercantilismo como protecionismo
5-Mercantilismo como sistema social.
Todos os diferentes cinco prismas são retirados da realidade histórica e servem para construir um conhecimento mais aprofundado da história.
A perspectiva número 1 diz respeito à formação do Estado de dentro do bojo das forças contraditórias da idade média.Pelo menos duas forças são identificáveis:Uma de caráter universal e outra de caráter particular.A universal diz respeito à própria condição européia de bastião da religião católica materializada em termos de império após a incorporação da cristandade pelos romanos,a particular refere-se às diversas fragmentações dentro da própria sociedade feudal,com suas ultra-fragmentações de poder(cidades,províncias,corporações de ofício) etc.Na adversidade destas duas forças o mercantilismo deve ser entendido como um agente unificador,uma vez que deu condições,através de uma esfera econômica homogênea,ao cumprimento dos propósitos do Estado.
Paralelamente(perspectiva número 2) ao dar condições ao Estado de reger a economia o mercantilismo deu também as condições necessárias,em termos de economia política, de se usar do poder.Isto é,o mercantilismo entendido como um meio para se obter um fim político.Claro que aqui as perspectivas 3 e 4 encontram guarida,já que são elas de que se servem os Estados para empreenderem os seus desígnios políticos.Assim,o protecionismo e o sistema monetário,em outras palavras,a teoria da balança comercial superavitária,foram dois braços do grande processo mercantilista do séculos XV-XVII.
No caso,o fim político era o de enriquecer o Estado,contudo por vias de proibição econômica sustentadas pela força do pacto colonial que ligava,quase que umbilicalmente,a indo - América à Europa Ibero-Espanhola.
O relacionamento orquestrado das partes conformam o todo que é o sistema social mercantilista entendido como a perspectiva 5.
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Mundão
Um comentário geral e rápido sobre o Mercantilismo
O termo mercantilismo deve ser entendido como um instrumento conceitual que nos permite compreender um dado período histórico,mais especificamente,uma fase da história da economia política.Enquanto instrumento teórico pode ser usado de diversas formas para obter certos resultados,mas conquanto o uso arbitrário seja um efeito colateral inescapável, podemos dizer tratar-se de um fenômeno econômico que abrange dos finais da idade média ao desenvolvimento do ideário do laissez –faire.
Se estabelecermos critérios de classificação podemos ainda dividir o conceito em “ângulos’ de análise todos concernentes a uma parcela da realidade à época.
Desta forma,podemos pontuar 5 perspectivas de análise.
1-Mercantilismo como unificador
2-Mercantilismo como sistema de poder
3-Mercantilismo como sistema monetário
4-Mercantilismo como protecionismo
5-Mercantilismo como sistema social.
Todos os diferentes cinco prismas são retirados da realidade histórica e servem para construir um conhecimento mais aprofundado da história.
A perspectiva número 1 diz respeito à formação do Estado de dentro do bojo das forças contraditórias da idade média.Pelo menos duas forças são identificáveis:Uma de caráter universal e outra de caráter particular.A universal diz respeito à própria condição européia de bastião da religião católica materializada em termos de império após a incorporação da cristandade pelos romanos,a particular refere-se às diversas fragmentações dentro da própria sociedade feudal,com suas ultra-fragmentações de poder(cidades,províncias,corporações de ofício) etc.Na adversidade destas duas forças o mercantilismo deve ser entendido como um agente unificador,uma vez que deu condições,através de uma esfera econômica homogênea,ao cumprimento dos propósitos do Estado.
Paralelamente(perspectiva número 2) ao dar condições ao Estado de reger a economia o mercantilismo deu também as condições necessárias,em termos de economia política, de se usar do poder.Isto é,o mercantilismo entendido como um meio para se obter um fim político.Claro que aqui as perspectivas 3 e 4 encontram guarida,já que são elas de que se servem os Estados para empreenderem os seus desígnios políticos.Assim,o protecionismo e o sistema monetário,em outras palavras,a teoria da balança comercial superavitária,foram dois braços do grande processo mercantilista do séculos XV-XVII.
No caso,o fim político era o de enriquecer o Estado,contudo por vias de proibição econômica sustentadas pela força do pacto colonial que ligava,quase que umbilicalmente,a indo - América à Europa Ibero-Espanhola.
O relacionamento orquestrado das partes conformam o todo que é o sistema social mercantilista entendido como a perspectiva 5.
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