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Somente 14 deputados foram indicados para comissão do impeachment de Temer, informa Cunha
 
 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirma que não pode indicar deputados para a comissão que vai analisar o pedido de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer, se os líderes não o fizerem.  
Segundo informou, só 14 dos 66 deputados foram indicados pelos líderes  partidários. De acordo com Eduardo Cunha, ao contrário de outras  comissões da Câmara, cujas indicações podem ser feitas de ofício pelo  presidente da Casa, a comissão especial do impeachment deve ser eleita a  partir de indicações dos líderes. Essa foi a regra publicada no acórdão  do Supremo sobre o rito do impeachment da presidente Dilma Roussef.
O presidente da Câmara cumpre decisão do ministro do Supremo Tribunal  Federal (STF), Marco Aurélio Melo, que obrigou a Casa a instalar  comissão para analisar denúncia de crime de responsabilidade contra o  vice-presidente Michel Temer. O presidente da Câmara já recorreu da  decisão e espera que o Plenário do Supremo decida sobre o tema nos  próximos dias. 
"Foi uma decisão absurda e atender a essa decisão compulsoriamente  obrigará a aceitação dos nove pedidos pendentes com relação à presidente  da República; não terá outra decisão a ser tomada, porque todas elas  estão dentro dos requisitos formais: estar em gozo dos seu direitos  políticos, ter firma reconhecida, os requisitos previstos na lei.  Atendidos esses requisitos, eu não posso mais fazer qualquer tipo de  apreciação de inépcia ou justa causa e obviamente eu sou obrigado a  instalar. Não é questão de vontade, nem interpretação", afirmou.
Em Plenário, os deputados Daniel Almeida (BA), líder do PCdoB, e Victor  Mendes (PSD-MA) questionaram o presidente por não ter feito, pelo menos,  a leitura de criação da comissão. Daniel Almeida disse que a decisão  foi cumprida parcialmente: "A decisão do Marco Aurélio está em plena  vigência; não há efeito suspensivo, todos os recursos não suspendem a  necessidade da Câmara cumpri-la e vossa excelência naturalmente deveria  ler o encaminhamento da denúncia para que as providências fossem  adotadas. Portanto, as providências estão sendo adotadas parcialmente". 
Em resposta, o presidente Eduardo Cunha discordou que não estivesse  cumprindo a decisão, mas reiterou que não poderia instalar a comissão  sem a indicação dos líderes. 
Já o líder do Democratas, Pauderney Avelino (AM), disse que consultou  sua bancada sobre as indicações e ninguém quis participar da comissão.  Ele avalia que a Câmara deve esperar uma decisão final do Plenário do  Supremo: "Nós estamos absolutamente à vontade. Não tem ordem judicial  que vá obrigar deputado, seja do meu partido, seja do PMDB, do PSDB,  seja de que partido for, a integrar uma comissão. Ninguém vai para uma  comissão sob vara".
Recurso
No recurso apresentado pela Câmara ao STF, foram incluídos argumentos  usados pelo também ministro do Supremo Celso de Melo para negar a  instalação de outra comissão para processar Temer por crime de  responsabilidade em ação similar impetrada pelo deputado Cabo Daciolo.
"Nós esperamos que o Supremo na próxima semana, se possível, possa  apreciar no Plenário nosso recurso, justamente para evitar a  instabilidade provocada por essa decisão que só não se agravou pela  grande repulsa de todo meio jurídico e de todo mundo político com  relação a ela", afirmou Cunha.  
Confira aqui as indicações dos líderes para a comissão especial.
(Fonte Agência Câmara) 
  
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