Um aliado próximo do vice-presidente, presidente do PMDB e articulador político, Michel Temer (SP), afirmou neste domingo (14) que uma eventual saída do PMDB do governo Dilma Rousseff se dará com a "maior transparência". O comentário ocorre após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter usado o Twitter mais cedo para atacar o PT e ironizar o partido de Dilma. "O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei ao Estadão que essa aliança não se repetirá", afirmou Cunha, referindo-se à entrevista exclusiva publicada na edição deste domingo do jornal. O aliado de Temer lembrou que ele já dissera, em entrevista, que o partido terá candidato presidencial nas eleições de 2018. "O tempo em que o partido deverá deixar o governo deverá ser objeto do congresso do partido e, depois, de negociação com o PT e a presidente. Tudo com a maior transparência, pois vamos continuar com a Vice-Presidência", afirmou esse interlocutor do vice. Na avaliação da fonte, no Congresso do PMDB, que será realizado em agosto, a discussão sobre um desembarque do partido do governo Dilma será forte. Mas ele considera que a saída definitiva da legenda se dará após as eleições municipais de outubro de 2016, a tempo de a presidente e o PT conseguirem encontrar um novo parceiro político para as eleições presidenciais de 2018.