Um dos principais aliados do vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco afirmou, neste sábado (22), que não descarta um eventual rompimento do partido com o governo no congresso nacional da agremiação, marcado para o dia 15 de novembro. "Evidentemente que todo congresso é um cenário de muita liberdade, tendo em vista que dentro do partido há pessoas que são favoráveis à coligação ou não. Esse tipo de conflito é muito saudável para ser discutido", afirmou Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães. O ex-ministro disse que o fim da aliança não está na pauta, mas destacou que os militantes vão querer discutir o assunto no encontro que marca os 50 anos do partido. Oficialmente, segundo ele, o partido se reunirá para discutir seu programa econômico, que tem sido tocado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), e a modernização do seu estatuto a fim de torná-lo mais "democrático. Questionado se a anunciada saída de Temer da articulação política e a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defensor de um rompimento imediato, poderia acelerar a saída do PMDB do governo, Franco esquivou-se de uma resposta conclusiva. "Essa crise, ela tem uma característica que difere das outras que é a velocidade dos fatos. Não sei se eles (os fatos) resistem até o Congresso. Quando vai resolver? Não sei", opinou. "Se eu soubesse (o que iria ocorrer), estaria ganhando dinheiro", brincou.