Presidente do TSE critica texto da Câmara que oficializa doação oculta
Mundão

Presidente do TSE critica texto da Câmara que oficializa doação oculta




O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, afirmou na segunda-feira (14), ser contrário ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados, na última semana, que na prática torna ocultas as doações empresariais a políticos. "Fui contra a alteração da obrigação. Penso que o certo era manter a obrigação de sempre, informar a origem dos recursos", disse o ministro, que também compõe o Supremo Tribunal Federal, por meio de sua assessoria de imprensa. Como publicou a reportagem ontem, o texto aprovado na última semana pela Câmara vai em sentido contrário a uma resolução editada em 2014 pelo TSE que obrigava a identificação de doações empresariais que, antes de chegar a um candidato, passam pelo partido. A Justiça Eleitoral havia fechado uma brecha legal que permitia aos financiadores passar o dinheiro aos comitês partidários, que depois faziam os repasses aos candidatos sem que fosse possível vincular os dois valores. Com o texto aprovado pela Câmara, que espera pela sanção do Executivo para entrar em vigor, a partir de 2016 as doações feitas por empresas podem ser obrigatoriamente direcionadas aos partidos, já que seriam proibidas as contribuições aos candidatos. Esses recursos recebidos pelas legendas, por sua vez, seriam distribuídos entre as campanhas da sigla. De acordo com a nova regra, "os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores", diz o texto. Ou seja, as doações repassadas a um determinado político não teriam a identificação das empresas doadoras. Para Toffoli, a mudança provocada pelo texto aprovado pela Câmara ainda será discutida no TSE. "Isso será debatido pela corte quando da votação das resoluções para 2016." Até o ano passado, uma empresa que não quisesse ter seu nome vinculado a determinado candidato fazias doações ao partido e, depois, os recursos eram repassados ao candidato. Na prestação de contas aparecia apenas uma transferência do partido e o doador originário não era identificado. Contudo, para as eleições de 2014, o TSE editou uma resolução que obrigou que os candidatos registrassem de onde vieram as doações antes do repasse dos partidos. O tema da doação de empresas ganha espaço paralelamente aos desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga suspeita de pagamento de propina oriunda de desvios em contratos da Petrobras por meio de doações oficiais. Nesta semana, o Supremo também retoma a análise sobre a constitucionalidade das doações por empresas a partidos e políticos.
(Informações Bahia noticias)



loading...

- Stf Determina Fim De Doações Empresariais Para Campanhas Eleitorais
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (17), por oito votos a três, que a doação de recursos a campanhas eleitorais por empresas privadas é inconstitucional. Apesar de o Congresso Nacional ter concluído a votação de uma reforma...

- Reguffe Quer Que Doações Para Campanhas Sejam Individualizadas Por Candidatos
O senador Reguffe (PDT–DF) quer garantir que as doações para as campanhas eleitorais sejam individualizadas por candidatos. O projeto de lei (PLC 75/2015) que está na pauta do Plenário do Senado desta terça-feira (1) assegura apenas a divisão...

- Votação Da Reforma Política é Concluída
O Plenário da Câmara aprovou ontem, em segundo turno, o financiamento de campanhas com doações de pessoas físicas a candidatos e a partidos e de empresas a partidos. Esta foi a última votação em segundo turno da proposta de emenda à Constituição...

- Câmara Aprova Doação De Empresas A Partidos Para Campanhas Eleitorais
O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (12), em segundo turno, dispositivo que permite às empresas fazerem doações de campanhas aos partidos políticos. O destaque foi aprovado por 317 votos a favor, 162 contra e uma abstenção. Com essa...

- Plenário Da Câmara Pode Votar Hoje Minirreforma Eleitoral
Projeto altera regras de prestação de contas de partidos, amenizar a penalidade para os que receberem doações ilegais e descriminaliza a boca de urnaO Plenário da Câmara dos Deputados realiza sessão ordinária hoje, a partir das 14 horas, para...



Mundão








.