Paulo Paim (PT-RS) destacou em pronunciamento as atividades da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência, que reúne senadores e deputados, além de representantes de associações e entidades que lutam pela volta do Ministério a Previdência Social, extinto pelo presidente interino Michel Temer.
Segundo o parlamentar, estudos apontam que não existe déficit da Previdência Social. Para ele, o rombo nas contas é uma “falácia”, um “mito irresponsável” e um “engodo político”. Haveria, pelo contrário — de acordo com especialistas consultados pelo senador — um superávit anual de R$ 50 bilhões. Paim questionou o destino desses recursos acumulados.
As prioridades na pauta da Frente Parlamentar são a revisão do financiamento da seguridade social, das renúncias e desonerações e da Desvinculação de Receitas da União (DRU), entre outras políticas.
O fim do ministério e a iminência de mais uma reforma da previdência, completou o senador, implicam a perda da força política que os trabalhadores segurados tinham para a manutenção dos seus direitos, prejudicando aposentados e pensionistas. Ele cobrou a obrigação do Estado brasileiro na tutela do bem-estar social.
— A conta dessa leniência para com os devedores da seguridade social e com as políticas de renúncias e desonerações não deve ser jogada nos ombros, mais uma vez, dos trabalhadores. Por mais que esses ditos arautos do déficit da Previdência possam reafirmar, a sociedade brasileira sabe que isso é uma farsa — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)