Mundão
Desvinculação de verbas da seguridade social é maior polêmica na votação da DRU
 
 

O ponto de maior divergência na discussão  da Proposta de Emenda à Constituição 4/15, que prorroga a Desvinculação  de Receitas da União (DRU) até 2023 é  a permissão de desvincular os recursos da seguridade social. A proposta  permite ao governo realocar livremente 30% das receitas obtidas com  taxas, contribuições sociais e de intervenção sobre o domínio econômico (Cide), que hoje são destinadas, por determinação constitucional ou legal, a órgãos, fundos e despesas específicos.
O deputado André Figueiredo (PDT-CE), autor do texto original da PEC,  reclamou das mudanças feitas na comissão especial que analisou a  proposta. “Da forma como está, a proposta frauda a máxima de que a  Previdência é extremamente deficitária, porque vai tirar R$ 120 bilhões  da seguridade social”, disse.
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) criticou a desvinculação das  receitas da seguridade social que, segundo ele, poderá tornar ainda mais  precária a situação da Previdência Social. “É surrupiar recursos da  seguridade social”, condenou.
Para o líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), a desvinculação é  uma espécie de “cheque em branco” que poderá comprometer investimentos  em áreas sociais. “É parte de um pacote de medidas econômicas que serão  mandadas para o Congresso, que traz a desvinculação também nos estados,  apenas para garantir superavit ao mercado financeiro. E as áreas sociais  serão as primeiras atingidas”, disse.
Remanejamentos
O deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) disse que o partido já era favorável à  medida no governo Dilma e vai manter a mesma posição. “Independe do  fato de quem esteja governando, vai dar a possibilidade não só do  governo federal, mas estados e municípios, terem a mínima condição de  manejar o orçamento, pagar contas, fazer as obras necessárias para a  população”, disse.
Já o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que a proposta foi  alterada na comissão especial para aumentar as desvinculações. “Aumenta  de 20% para 30% a desvinculação. É preciso esclarecer que a DRU é  necessária, mas não na seguridade social. Ao tirar 30% da saúde, da  Previdência Social, da seguridade social, é claro que vai faltar  dinheiro para o aposentado e para a saúde”, disse. O ideal, segundo ele,  seria uma redução gradual da DRU.
O PT votou contra a proposta de acelerar a votação da DRU, mas foi  vencido. A proposta foi encaminhada pela presidente Dilma Rousseff, mas  os petistas acreditam que a DRU não será bem utilizada pela nova equipe  econômica do presidente interino Michel Temer. É o que disse o deputado  Carlos Zarattini (PT-SP).
“Consideramos que é necessário que se discuta esta PEC no contexto  das medidas econômicas: a redução nos gastos da saúde, do incentivo a  programas de moradia popular, o arrocho proposto”, criticou Zarattini.  “Discutir a DRU neste ambiente é uma coisa que não podemos concordar”,  declarou.
(Fonte Agência Câmara) 
  
	loading...
	
  
- 
Senado E Câmara Fazem As Primeiras Sessões Deliberativas No Governo Temer
O Senado e a Câmara dos Deputados terão esta semana suas primeiras sessões deliberativas no governo de Michel Temer, o presidente da República interino. A mudança vem acompanhada de nova composição de forças, na qual o Partido dos Trabalhadores... 
  
- 
Propostas Que Alteram A Constituição Dominam Pauta Do Plenário
Desvinculação de receitas da União, precatórios e amparo à mulher vítima de violência são alguns dos temas das cinco propostas de emenda à Constituição que constam da pauta de votações do Plenário do Senado na terça-feira (3). Para ser... 
  
- 
Plenário Pode Votar Desvinculação De Receitas De Estados E Municípios Nesta Terça
A PEC 143/2015 já pode ser votada em segundo turno em Plenário nesta terça-feira (26), pois já passou pelo primeiro em votação no último dia 13. A proposta permite aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios aplicar em outras despesas parte... 
  
- 
Corte De Recursos Em Bolsa Família Preocupa Ministra E Deputados
 Deputado Danilo Forte propôs moção de repúdio em relação ao corte de recursos do programa Bolsa Família A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou hoje (2) uma moção de repúdio ao anúncio do relator-geral do Orçamento de 2016, deputado... 
  
- 
Antonio Brito Assume Presidência Da Comissão De Seguridade Social Da Câmara Dos Deputados
O deputado federal Antonio Brito (PTB) assumiu nesta quarta-feira (04) a presidência da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados. No colegiado, o parlamentar deve debater e aprovar posicionamentos, em Projetos de Lei,... 
Mundão