A organização internacional Human Right Watch (HRW) fez um pedido para que o exército da Indonésia pare com a prática de exigir "teste de virgindade" das mulheres que querem se recrutar à corporação. O International Rehabilitation Council for Torture Victms (IRCT) endossou o pedido e classificou a medida como "uma grave violação dos direitos das mulheres e que pode ser equiparada a tortura e maus tratos sob a lei internacional". "As forças armadas da Indonésia deveriam reconhecer que o doloroso e humilhante "teste de virgindade" em mulheres recrutas não tem relação com o aumento da segurança nacional. O presidente Joko Widodo deve abolir imediatamente o requerimento e prevenir que os hospitais militares o administrem", disse Nisha Varia, diretora pelos direitos das mulheres da HRW. Apesar dos apelos, O Globo informou que o governo indonésio não pretende rever suas normas. O porta-voz das forças militares do país, Fuad Basya, disse em entrevista à BBc que o exame "ainda é relevante". Segundo ele, é possível compreender que não-virgens tentem se juntar às forças militares, mas se a questão for o "hábito", elas não podem ser aceitas. A Associação Mundial de Saúde considera o teste como uma forma de violência sexual, além de deixar claro que a prática não possui qualquer validade científica, já que existem muitas formas pelas quais o hímen pode não aparecer intacto durante os exames. O teste, também conhecido como "teste dos dois dedos" é reconhecido internacionalmente como uma violação aos direitos humanos, particularmente sobre a proibição de tratamentos cruéis, inumanos ou degradantes conforme o artigo 7 da Convenção Internacional de Direitos Civis e Políticos e pelo artigo 16 da Convenção contra a Tortura.