Mundão
O protecionismo do mercado brasileiro com a crescente volatilidade do capital internacional 
 
 
 André Monges
Até quando o mercado brasileiro conseguirá tornar possível o  crescimento da economia nacional sem que a crescente oscilação  financeira mundial, o afete por completo? Ou melhor; A atuação  regulatória dos agentes econômicos macronacionais utilizando a redução  da taxa real de juros, como medidas compensatórias de estimulo a  economia, consegue driblar a valorização cambial da moeda corrente  (Dólar)? Essas duas questões, foram bases de entrevistas que pude  assistir com os economistas: Delfim Netto, Paul Krugman, Paul Singer. Na  qual, serviram de base para o desenvolvimento do raciocínio com método  dialético, que será descrito nas linhas subsequentes. 
A tese, que  na qual o título antecipa: “O protecionismo do mercado Brasileiro com a  crescente Volatilidade do capital internacional”, é desenvolvido com  base nos últimos desdobramentos em que a autoridade monetária nacional  (BACEN) por meio do COPOM, vem reforçando através de cortes da taxa  SELIC, buscando um aquecimento entre oferta e aumento adequado na  demanda agregada. O objetivo é alocar a propensão marginal a consumir  (PMC), do brasileiro, para supressão dessa nova oferta reduzida de  juros, e, ainda, com a baixa recompensa gerada pelo investimento da  poupança (poupança = excedente da renda/consumo).  O Brasil troca a  capitalização forçada da época do arroxo salarial, (um dos responsáveis  pelo milagre econômico), por uma redistribuição da renda nacional  buscando a liquidez do mercado. Outro produto desta tese de  protecionismo de mercado é a, insuficiência mostrada já há algum tempo,  por parte dos investimentos do mercado futuro; que, na realidade, nos  últimos anos, desde a crise em 2008, vem acompanhando com movimento  parecido com as bolsas europeias, fazendo com que a especulação ganhe  força por parte de investimentos estrangeiros diretos. 
Para a  antítese, as duas perguntas do paragrafo introdutório se encarregam de  enunciar: Até quando o mercado brasileiro conseguirá tornar possível o  crescimento da economia nacional sem que a crescente oscilação  financeira mundial, o afete por completo? Ou melhor; A atuação  regulatória dos agentes econômicos macronacionais utilizando a redução  da taxa real de juros, como medidas compensatórias de estimulo a  economia, consegue driblar a valorização cambial da moeda corrente  (Dólar)? Como resultado dessas duas questões, geramos a síntese,  ou, uma nova tese. Primeiro, que a oscilação financeira gerada pela  incerteza da formação que compõe a União Europeia, possui um caráter  muito mais político, que busca uma recomposição da organização; como  resultado, afeta esfera econômica. Ou seja, crise clássica; aquela de  superprodução, não faz parte dessa crise que também possui a  desaceleração de alguns mercados, fazendo com que o desemprego gerado  pela falta de demanda efetiva venha à tona. Outro fator é inserção de  novas classes de investidores, que emergiram nos últimos decênios.   Esses novos investidores procuram alocar seus excedentes um pouco menos  no consumo e almejam recompensas no mercado financeiro através do  capital a juros.  
O Brasil ainda está um pouco longe de  visualizar sua economia deslocar seu excedente de um consumo fraco e de  preferencia para investimentos. Como prova, mesmo com a pressão externa,  existe uma projeção por parte da autoridade monetária de crescimento  industrial, aliada a uma redução da inflação no ano de 2013. Com as  reservas cambiais fortalecidas, e uma expectativa do aumento dos  salários reais decorrentes da escassa mão-de-obra especializada que esta  ainda se formando, a preocupação se desloca para o assunto desgastado  da economia política nacional: Oferta de empregos tecnológicos, mas com  falta de demanda, que passa a ocupar o desemprego estrutural. 
André Monges é acadêmico da quarta fase do curso de Relações Internacionais - Unisul Tubarão 
 
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