Crescimento controlado
Mundão

Crescimento controlado




Joao Marcos Pereira Soares

As perspectivas de crescimento da economia brasileira para os próximos anos foram reduzidas, se comparadas aos anos anteriores, onde o país viveu um momento de emergência no cenário econômico mundial.
A crise mundial que atinge sobretudo a Europa e os Estados Unidos e vem se alastrando desde 2008 reflete no Brasil que, em um primeiro momento, conseguiu lidar bem com a situação depressiva e continua lutando para que não sofra com problemas tão graves como os enfrentados pela Europa, onde o desemprego sobe quase que na mesma proporção que as taxas de crescimento econômico despencam.
Segundo dados de maio da Pesquisa Focus, divulgados pelo Banco Central, a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2012, caiu de 3,20% para 3,09%. Para 2013, no entanto, a Pesquisa surpreendeu e apontou uma taxa de crescimento do PIB de 4,50%, contrariando os 4,30% anteriores. A mesma pesquisa divulgou uma expressiva diminuição na projeção para o crescimento da indústria em 2012, despencando de 1,94% para 1,58%. Já, para 2013, os índices seguem no mesmo sentido do PIB, com um aumento de 3,95% para 4,20%.
A fraca demanda global recorrente das recentes crises financeiras e da piora da crise da dívida europeia dificulta o movimento da indústria no Brasil. O próprio governo reconheceu que a economia do país começou o ano mal e por isso tenta medidas para conter a desaceleração do crescimento (R7, 2012).
A alta recente do dólar acompanhou a aversão ao risco observada nos mercados acionários internacionais. A partir da situação inicial de subida do dólar, os investidores aproveitaram para pressionar a moeda para índices elevados visando observar a atuação do Banco Central no mercado de câmbio.
Com o alto índice que o dólar alcançou nas últimas semanas, a taxa de câmbio prevista pela Pesquisa Focus para o fim de 2012 subiu, com o dólar comercial valendo R$ 1,90 ante o valor de R$ 1,85 esperado até então.
Segundo o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, “a situação da economia internacional se agravou nos últimos meses, demonstrando que a estratégia de austeridade fiscal adotada pelos países europeus não deu certo, pois não foi acompanhada de estímulo econômico”. A nova crise financeira já está afetando o mundo inteiro, porém o governo acredita que o país entra ainda mais forte do que durante a depressão enfrentada em 2008 para manter a estabilidade de crescimento e a baixa taxa de desemprego.
Para manter o crescimento econômico nos próximos dois anos, em um cenário depressivo, o governo federal vem anunciando medidas que facilitam o crédito, reduzindo juros e estimulando as exportações, para que a economia continue em movimento e o Brasil siga com o crescimento econômico.
No entanto, a presidente Dilma Rousseff continua afirmando que, além de proporcionar o desenvolvimento do país, deseja também o desenvolvimento da população, lutando por melhores condições sociais para os pobres e classe média, principalmente em relação é educação e saúde.



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