A Polícia Federal acredita que as buscas realizadas nesta quinta-feira (13),no âmbito da 18ª fase da Operação Lava Jato, a Pixuleco II, possam revelar valores ainda maiores nos desvios cometidos no Ministério do Planejamento nos últimos anos. Em coletiva de imprensa, procuradores informaram que os pagamentos do dinheiro desviado através de contratos consignados permitiu um repasse de cerca R$ 40 milhões apenas da Consist. “Esse volume de propinas está longe de atingir o volume morto. Esquema é grande, sistemático e deve ser combatido de forma veemente”, afirmou o procurador Roberson Pozzobon, que declarou ainda que que o esquema agora investigado tem ligação "visceral" com o apurado pela Lava Jato. O pagamento já identificado a viúva de um a ex-secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento era de R$ 30 mil por mês. A orientação para o pagamento desses valores teria sido feita pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, já preso pela Lava Jato. Os executivos da Consist teriam começado a ser investigados após as prisões da Pixuleco I, quando também foram fornecidas notas fiscais da empresa à Polícia Federal. Uma parte dos recursos e dinheiro era angariada de empresas contratadas pela Petrobras e destinados para a Diretoria de Serviços, onde atuava Renato Duque, José Dirceu e “outras pessoas”. O delator Milton Pascowitch recebia uma verba quer era destinada a outros esquemas criminosos, disse Pozzobon.