O ex-ministro José Dirceu reagiu “naturalmente” no momento de sua prisão por agentes da Polícia Federal, afirmou o delegado Márcio Adriano Anselmo. “Talvez ele já esperasse”, concluiu. O petista foi alvo de um dos 20 mandados da 17ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (3). Ele já havia tentado obter três habeas corpus preventivos, mas todos foram negados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dirceu cumpria prisão domiciliar por causa de seu envolvimento com o Mensalão. A PF cumpriu ainda mandados de busca e apreensão nas duas residências do ex-ministro, em São Paulo e Brasília. O ex-ministro é acusado pela PF de ser um dos chefes do esquema de desvios na Petrobras. Os pagamentos das propinas foram feitos de diversas formas, como reformas e compras de apartamento, obras de arte e até pagamentos em espécie para o filho do ex-diretor Renato Duque. “As propinas iam de R$ 50 mil até contratos de R$ 10 milhões”, contou Anselmo. O inquérito, segundo ele, foi instaurado desde o fim do ano passado, mas apenas agora a polícia conseguiu evidências concretas sobre o envolvimento do petista.