O ex-ministro José Dirceu negou, por meio de nota, que os serviços prestados à empreiteira Engevix por sua empresa JD Assessoria e Consultoria tenham relação com contratos com a Petrobras. “O ex-ministro refuta qualquer relação do seu trabalho de consultoria com contratos da construtora com a Petrobras”, diz o texto. Segundo ele, o contrato da JD com a Jamp Engenheiros Associados Ltda, assinado em março de 2011, teve como objetivo prospectar negócios para a Engevix no exterior. Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) prendeu, na capital paulista, o empresário Milton Pascowitch, dono da Jamp, que é acusado de envolvimento em fraudes na Petrobras, investigadas pela Operação Lava Jato. De acordo com o procurador da República Carlos Fernando de Lima, Pascowitch foi citado diversas vezes pelo ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada, em delação premiada, como intermediário do pagamento de valores do esquema de corrupção na Petrobras para o PT e para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro. “Nesse sentindo, não temos claro o que Gerson Almada chama de PT, ou quem eram essas pessoas dentro do partido que recebiam os recursos. Nesse momento, o único vínculo claro é com a empresa [de consultoria] JD [do ex-ministro José Dirceu]”, disse Lima. Dirceu explica que, no período de prestação de serviços da JD à Engevix e à Jamp, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru. “Durante a vigência do contrato, o ex-ministro José Dirceu chegou a viajar a Lima para tratar de interesses da Engevix – fato também confirmado pelo ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada”, diz o texto.