Com a renovação de mais de um terço de seus quadros, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) pode apresentar neste ano uma alteração no cenário quanto à composição da bancada de governo e oposição. O fato novo mais marcante foi a ida do PTN para a base do governador Rui Costa (PT), após atritos do partido com o prefeito ACM Neto (DEM). O PDT, que ainda era alvo de disputa entre as duas forças, anunciou na noite desta terça-feira (20) que se manterá apoiando o governador petista. Para o líder do governo, Zé Neto (PT), Rui deve enfrentar um panorama semelhante a Wagner em termos quantitativos. “Tem muito trabalho quando a base é pequena, mais é atarefado atender a muito mais deputados, que reivindicam muito mais. Mas é mais confortável você estar com base maior, é muito mais tranquilo. Acredito que estaremos na mesma base, 43 a 46, um pouco mais, um pouco menos. Mas os deputados nem posse tomaram”, afirma o petista, que ainda não tem um levantamento exato de quantos parlamentares terá sua bancada. Wagner contava com 45 deputados aliados no final do mandato. No início do seu primerio governo, no entanto, apoiou a entrada de Marcelo Nilo, então membro do PSDB, na presidência da Casa, cargo que pode ocupar pela quinta vez consecutiva em 2015. Além do número semelhante, Zé Neto não vê problemas em administrar um grupo mais heterogêneo, que terá um partido recém-saído da oposição. “Evoluímos muito de um governo para o outro. Algumas das posições do PTN, como o pedido de investir mais em educação, é uma medida que nós já estamos tomando. O caminho é alinhar diálogo e discurso”, diz. Dos três deputados do PTN, Carlos Geilson, que tem, assim como Zé Neto, área de influência eleitoral em Feira de Santana. “Tanto em Feira como em Salvador, vamos fazer tudo para ter conforto em relação a isso. Conversei com Geilson por telefone, falei para ele que não vou poupar esforços e trabalhar para ter ele ficar confortável”, afirma. O novo líder da oposição, Sandro Régis (DEM), sinalizou que o déficit numérico de seu bloco “não preocupa”. "O que me preocupa é qualidade, e isso nós temos de sobra. Primeiramente a bancada de oposição vai seguir a tradição, tem deputados qualificados e comprometidos”, considera, ao lembrar também “dois grandes líderes” do período da gestão de Wagner, Paulo Azi (DEM) e Elmar Nascimento (DEM). Régis, que afirma contar, com certeza, com o DEM, PMDB e PSDB, promete uma oposição “fiscalizadora e combativa” e atuante em relação aos interesses da Bahia. O parlamentar ainda destacou que a experiência dos componentes de sua bancada. “Podemos ver que são políticos experiente, sete são reeleitos, os novos que chegaram tem uma bagagem grande, alguns são ex-prefeitos, já labutam coma a vida pública há muito tempo. Tenho certeza que nós vamos fazer um grande trabalho”, aposta.
(Fonte Bahia noticias)