Foto: Lula Marques / Agência PT
      O Supremo Tribunal Federal (STF) decide nesta quarta-feira (22) se  aceita a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da  República (PGR) contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha  (PMDB-RJ), esta referente às contas secretas na Suíça. Se os ministros  da Corte aceitarem a denúncia, será aberta uma ação penal contra o  peemedebista. No último dia 10, o ministro Teori Zavascki liberou a  denúncia para julgamento, pouco antes de o Conselho de Ética da Câmara  aprovar por 11 votos a 9 o parecer que pede a cassação de Cunha. De  acordo com o G1, a liberação da denúncia sugere que Zavascki, relator da  Operação Lava Jato no STF, já concluiu sua análise sobre o caso. Depois  de apresentá-la e votar, os outros dez ministros da Corte também vão se  manifestarr. A acusação é baseada em investigação aberta em outubro do  ano passado sobre o deputado, sua esposa Cláudia Cruz, e uma de suas  filhas, Danielle Cunha. Segundo o inquérito, Cunha cometeu evasão de  divisas, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e  omissão de rendimentos na prestação de contas eleitorais. Se a ação for  aberta, a Procuradoria quer a perda do mandato parlamentar. Segundo a  PGR, Cunha recebeu pelo menos US$ 1,31 milhão - cerca de R$ 5,2 milhões -  em uma conta na Suíça, recurso este recebido como propina pela  viabilização da aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo em  Benin, na África. A PGR pede a devolução de valores e reparação de danos  materiais e morais no valor de R$ 10,5 milhões, duas vezes o valor da  propina. Cunha já é réu pela suspeita de ter exigido e recebido pelo  menos US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy  Industries com a Petrobras. Também já é ré, Cláudia Cruz, esposa de  Cunha, por ter recebido parte da propina de US$ 1,5 milhão paga ao  marido.