A defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu nesta segunda-feira (31) mais15 dias para apresentar a defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) referente à denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, da qual foi notificado na semana passada. Segundo informações da Agência Brasil, os advogados pediram a duplicação do prazo sob justificativa de que o Ministério Público deixou de juntar documentos da investigação e que precisam analisá-los. De acordo com a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), Cunha recebeu R$ 5 milhões em propina para influenciar a contratação de dois navios-sonda do estaleiro Samsung Heavy Industries pela Petrobras, em 2006 e 2007. A operação foi feita sem licitação e com intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, preso desde dezembro do ano passado, e com o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, ambos presos no âmbito da Lava Jato. O negócio foi revelado pelo empresário Júlio Camargo em acordo de delação premiada. Cunha negou as acusações, que classificou como “ilações” e se disse aliviado, “já que o assunto passava para o Poder Judiciário”.