A acareação realizada pela CPI da Petrobras em Curitiba nesta quarta-feira (2), entre Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, ex-executivo da Toyo Setal, Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, foi marcada por uma leve tensão e frustração dos deputados. Duque e Vaccari estão presos por conta das investigações da Operação Lava Jato no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e mantiveram silêncio. Já Mendonça é delator do esquema e reafirmou o conteúdo da delação que fez a Sérgio Moro. Apesar de ter dito que manteria silêncio, Duque afirmou Augusto Ribeiro de Mendonça Neto é um "mentiroso", "mente em sua delação" e "sabe que está mentindo" em mais de uma oportunidade e se recusou a falar mais sobre o tema. “Só gostaria de deixar ressaltado que o senhor Augusto é um mentiroso, ele mente na delação, ele sabe que está mentindo, mas pela orientação do meu advogado vou permanecer em silencio”, disse Duque. O delator disse então que Duque diz isso "para se defender". O relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), afirmou então que a acareação perde o sentido e seu objetivo não será atingido, pois trata-se de um novo depoimento redundante de Mendonça Neto, ex-executivo da Toyo Setal. Duque ainda ridicularizou o fato da delação citar o pagamento de propina apenas a “Tigrão”, sem esclarecer quem seria essa pessoa.