O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, teria ameaçado envolver nomes de dirigentes do PT e até a ex-presidente da estatal, Graça Foster, caso chegue a um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Duque teria conversado com interlocutores sobre os eventuais depoimentos que faria aos procuradores. O nome de Foster não foi citado em nenhuma das 18 delações nem encontrado nos documentos apreendidos pela Polícia Federal. A Operação Lava Jato foi deflagrada quando Graça estava à frente da empresa e, em sua gestão, os investigados por corrupção foram demitidos ou perderam poder. Foster foi fortemente defendida pela presidente Dilma Rousseff, mas acabou pedindo demissão. Segundo a colunista, a intenção de Duque é vista como tentativa de retaliação e constrangimento da ex-presidente por ter bloqueado o esquema de corrupção na estatal.