Noite histórica na sexta-feira: assisti em Porto Alegre com meu pai e meu irmão ao show da banda holandesa FOCUS, uma das minhas preferidas de Rock Progressivo e renomada internacionalmente.
Ao final do show pudemos conhecer a banda e conversar com os músicos. Pedimos autógrafos. O pai puxou o papo - em holandês, língua materna do pai e dos membros da banda.
No meio da conversa o baixista Bobby Jacobs, virou-se para mim e perguntou:
"Você toca algum instrumento?"
"Sim"
"Qual?"
"Violino", respondi.
"E o que você faz hoje?"
"Presto consultoria de relações internacionais para ajudar empresas holandesas e brasileiras a acharem parceiros de negócios".
"E o que você gosta de fazer mais, prestar consultoria ou fazer música?"
Confesso que fiquei muito surpreso com a pergunta. Talvez ainda impressionado com a apresentação e por poder estar falando com músicos que eu admiro já há tantos anos, ou influenciado pelo ambiente musical, não sei, a resposta parecia ter vindo automaticamente de algum lugar dentro de mim:
"Então por que você está fazendo outra coisa?"
"Por que fui fazendo outras escolhas ao longo da vida", tentei responder. "Gosto muito do que faço hoje e, por mais que eu ensaiasse muito na adolescência, acho que hoje não tenho mais o mesmo pique na música".
"Nunca é tarde, você sabe, né?", retrucou.
"Sim, sei", respondi. "Quem sabe mais adiante eu retome a música com mais seriedade", falei, como o faria um aluno encabulado por uma repreensão professoral.
Estendendo-me a mão aberta para que eu a apertasse, disse:
"Você ainda vai subir num palco assim como nós, fechado?"
Como não oferecer minha mão de volta e apertar a dele?
"Fechado", afirmei.
"Isso aqui é muito legal: fazemos o que mais gostamos, viajamos o mundo todo e conhecemos pessoas bacanas por onde passamos".
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Voltei muito pensativo para casa. Quantos jovens já não sonharam em ser um rock star? Eu mesmo lembro-me dos CDs que eu comprava aos quilos com todo meu salário dos meus primeiros empregos, desde os 14 anos. Foi então também que comecei a tocar violino. Aliás, pasme: escolhi o violino pois havia um dando sopa em casa e por que eu não tinha conseguido me acertar com um violão em um "mutirão de música" de fim de semana!
No entanto, nunca cheguei a participar de uma banda, por exemplo. Meus amigos mais próximos e eu, ainda que alguns tocassem um instrumento ou outro, nunca organizamos algo do gênero. Fui, sim, da orquestra de Dois Irmãos e continuo, até hoje, tocando volta e meia na igreja ou quando algum familiar ou amigo me convida para algum casamento.
Mas o que toco é um violino, o que não é bem um instrumento para uma banda de rock (ainda que para progressivo caia bem). E a vida é corrida. Não dá tempo para altos ensaios.
Ou dá?
Dá. Talvez altos ensaios como já fiz (sete horas por dia!), não. Mas uns minutos por dia, dá. Ainda mais agora que tenho uma promessa a cumprir.
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