Mundão
Algo mais para alterar?
— Algo mais para alterar?
— Não, pode tocar ficha.
— Ok, então está tudo pronto. Agora é só escrever e postar.
— Espera aí, eu pedi para colocar aquele detalhe ali em cima. Você colocou?
— Acho que sim.
— Como assim, acho?
— Tá, espera aí. Já vejo. Sim, está ali, tudo certo.
— Ok. E minha foto, está bem onde eu pedi?
— Acho que sim, não era para ser ali em cima?
— Sim, sim. Deixa eu ver.
Clica em início. Aparece a foto.
— Não, mas não era bem ali. E, depois, essa margem tá meio deslocada. Abre o editor html.
— Olha só, se a gente continuar se debatendo nesses detalhes...
— Não são detalhes! Imagina, imagem é tudo! O que vão pensar ao acessarem a página inicial do blog desse jeito!
— Sim, sim, imagem é tudo. Mas sem conteúdo não é nada. Cadê os textos?
— Já vêm, já vêm. Só dá uma ajeitadinha ali... dá licença, deixa que eu arrumo... viu? Era simples!
— Eu sei, era simples! Mas não dá para achar que só por ser simples não vá ser complexo...
— Como assim, simples e complexo são antônimos!
— Não para quem é perfeccionista.
— Mas eu não sou perfeccionista. Não a ponto de achar que simples e complexo são a mesma coisa. Ao contrário, simples é fácil, complexo é difícil.
— Olha, todos os "simples" que você me pede para fazer acabam se tornando bem "complexos". Já vi muitos "simples" envolverem novos códigos html e até configurações em Flash. Ou seja: todos os seus "simples" são difíceis. E complexos. Assim não dá!
— Tá bem, tá bem. Toca ficha.
— Nada mais?
— Olha, já que pergunta...
— Não, não...! Só perguntei de besta mesmo...
— Mas, na real, tem algo mais, sim.
— Ah, não acredito!
— Tem sim, altera ali o cabeçalho.
— Putz, mas assim não dá! O cabeçalho?
— É, o cabeçalho! Já estava previsto isso há tempo, lembra? Como vou iniciar um blog com um cabeçalho desses?
— O cabeçalho é o de menos! Cadê o conteúdo?
— Já vem, já vem! Mas o cabeçalho tem que ser bonito. Mas faz sem foto porque a foto já tem ali do lado.
— Não quer fazer você mesmo?
— Olha, você sabe que eu faço... mas esse tipo de coisa você faz muito melhor. Eu, o que faço bem é escrever.
— Então, onde estão os textos?
— Já vêm, poxa!! Não pressiona!
— Ah, é? Eu estou pressionando agora? E esses detalhes absurdos todos? Isso não é pressão?
— ...
— Não quis ser grosso! Mas,
peraí, né?
— Você não foi grosso... só que tenho certeza que você sabe fazer um cabeçalho bem bonito.
— Tá, faço o cabeçalho.
— Legal!
— Como você quer ele?
— Ah, é simples. Faz assim...
— Não, faz o seguinte, preenche esse briefing e me manda por e-mail.
— E-mail? Mas você está aqui do meu lado! Não é bem mais fácil eu te dizer como eu quero agora?
— Não.
— Não é fácil?
— Não.
— O que é então?
— Difícil. E complexo.
— Complexo é eu ter de responder um briefing e mandar para você por e-mail! Já não basta a gente discutir quase todo o resto por MSN?
— Não. Melhor briefing. Depois se você não gostar, a gente muda. Mas assim pelo menos tenho base. Não consigo me concentrar direito com as suas explicações.
— Elas são complexas?
— Não.
— ...
— São simples. Só que para fazer o cabeçalho preciso de um pouco mais de explicação, entendeu? Complexidade! Além do mais, não é você quem escreve bem?
— Tá, então mando o briefing.
— Certo. Em que cor você quer ele?
— Mas não era para responder no briefing?
— Sim, mas é mais para ter uma ideia...
— Mando por e-mail. Eu sou melhor escrevendo mesmo...
— Ok. Mais alguma... na real, tá, manda o e-mail para mim e começa a escrever!
— Beleza. Isso para mim é simples.
— Mas o pessoal gosta de ler coisas complexas.
— Deixa isso comigo que eu entendo de escrever, pode cuidar da parte gráfica.
— Ué, ué, ué! Não quer me deixar dar nem opinião sobre o que escrever? Eu quero ler o blog também.
— Sim, claro, pode dar opinião. Mas o fato é que pode me desconcentrar se der opinião demais, entendeu? Eu gosto de ter total liberdade e independência quando eu escrevo.
— Igualzinho à liberdade e à independência que você me dá para criar o layout?
— Mais ou menos. O blog é meu, não é? Tenho direito de opinar sobre o que vai ser feito, não? Além do mais, você sempre pergunta "algo mais?". Eu não pergunto nada disso enquanto escrevo.
— Então vou parar de perguntar.
— Não! Eu quero dar palpite.
— Tá, chega de discussão, vou lá terminar o layout. Vai escrever?
— Sim, sim. Mas não pressiona senão não sai nada.
— Ah, tá! Ao trabalho, os dois. Quando terminar o cabeçalho te mando o modelo. Algo mais para... esquece!
— Na verdade, tem algo mais, sim! É que...
— Deixa eu ir trabalhar lá, por favor!
— Mas é um detalhezinho tão simples!
— ...
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