Enquanto na Câmara Federal pululam informações sobre a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) a oposição tenta, timidamente, abrir espaço para investigar eventuais irregularidades no pagamento de obras. Nesta terça-feira (4), protocolou um pedido de CPI com 21 assinaturas para apurar a transferência de obras da antiga Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sucab) para a Secretaria de Educação. Conforme o pedido, batizado numa transposição pouco coerente de “pedaladas fiscais”, a oposição argumenta que houve problemas na execução de obras com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Como minoria, cumpre o papel de tentar fazer barulho. Porém, diante do contexto em que o governo possui significante maioria na AL-BA, dificilmente vai passar disso. A linha para que a CPI morra antes mesmo de começar é muito tênue. Basta o governista Robinho (PP) retirar a assinatura – ou qualquer outro endossador. E o governo não dará trégua para conseguir transformar a CPI em um natimorto. Ainda que a oposição consiga manter o projeto de instalar uma CPI, o caminho para conseguir a reverberação das xarás da Câmara Federal é mais longo do que os deputados gostariam.