A presidente Dilma deverá pedir a sua base de apoio parlamentar (cada dia menor) nesta terça-feira (15) apoio para a aprovação do seu pacote, anunciado um dia antes, com corte de gastos (nem tanto) e a criação de novos impostos, o que provavelmente terá dificuldades no Congresso. Na verdade, Rousseff deu conhecimento, depois de reunir com 10 ministros, de um corte em torno de R$ 26 bilhões. Esqueceu-se, no entanto, de anunciar o que prometera, corte de pelo menos 10 ministérios, e de cargos comissionados criados para atender ao segmento político e apadrinhados. De igual maneira, ressuscitou o que já parecia definido, a CPMF, que fora recusada pelos parlamentares, especialmente pelo PMDB, e, apostou anunciando a suspensão dos aumentos dos servidores público federais, o que se ocorrer será seguido pelos governos estaduais, como aqui na Bahia já foi anunciado pelo governador Rui Costa. O Congresso deverá reagir, pelo menos em relação a CPMF, e deverá ter dificuldade em relação aos servidores da União, que já estão em greve por melhores ganhos em diversos estados federativos, principalmente, o que é mais grave, no INSS, o que atinge, em cheio, à classe mais baixa da população. O aumento do imposto virá, sem dúvida, se o governo cumprir a sua parte, que seria como dissera o ministro da Fazenda Joaquim Levy, “cortar na própria carne”. Na semana passada, numa reunião no Jaburu em torno do vice Michel Temer, o PMDB decidiu que não iria impor à população mais imposto, a não ser que o Palácio do Planalto fizesse a sua parte. O PMDB é um partido que muda de posição a todo o momento, como ainda ontem aconteceu com o vice Michel Temer, na Rússia, onde se encontra, ao afirmar que Rousseff “está se recuperando e que concluirá o seu mandato de quatro anos,” quando, há duas semanas, dissera exatamente o inverso, ou seja, que “Dilma não concluirá os últimos três anos porque a sua aprovação popular é muito baixa”. Faz parte do jogo político. O Palácio do Planalto deverá enviar o pacote de corte de gasto até sexta (18), mas, até lá, os parlamentares terão tomado uma posição a respeito dos impostos, especialmente sobre a CPMF que dificilmente passará. Ora, o corte de R$ 26 bilhões ainda é pequeno, se comparado com o sacrifício de mais impostos que a população terá que arcar e que virá de uma forma ou de outra, porque o governo Dilma lançou a economia do país no abismo, quase na bancarrota. Estamos num momento de decisão. Ou o governo reage, ou a presidente cai. Não há saída.
(Fonte Bahia noticias)