(Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)
O advogado Mauro Marcondes Machado, acusado de envolvimento em um  esquema de compra de medidas provisórias, disse, no início de seu  depoimento à CPI do Carf, nesta terça-feira (17), que não vai responder  as perguntas dos deputados. “Por orientação de meus advogados, vou  permanecer calado”, disse.
 Mauro Marcondes está amparado por um habeas corpus que dá a ele o  direito de permanecer calado e não responder as perguntas. A mulher  dele, Cristina Mautoni Machado, que também convocada pela CPI, alegou  problemas de saúde e não compareceu. O depoimento dela foi remarcado  para 2 de junho.
 O casal, dono do escritório de advocacia Marcondes e Mautoni, é  apontado como intermediário de pagamento de propina em troca da  aprovação de medidas provisórias que beneficiaram empresas do setor  automobilístico.
 Eles foram denunciados no ano passado por organização criminosa,  lavagem de dinheiro e corrupção ativa, depois de investigados pela  Operação Zelotes, da Polícia Federal – que investiga um esquema de  compra de medidas provisórias e corrupção em julgamentos do Conselho  Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).O Carf é o órgão do Ministério  da Fazenda encarregado de julgar recursos de empresas autuadas pela  Receita Federal.
 Ao investigar Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, a PF descobriu  pagamentos de R$ 1,5 milhão do escritório deles para uma empresa de  marketing esportivo de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do  ex-presidente Lula.“Para quê esses pagamentos?”, perguntou a Marcondes o  deputado Altineu Côrtes (PMDB-RJ). “Gostaria muito de responder, mas  vou permanecer calado”, respondeu o advogado.
 Na Justiça, Mauro e Cristina Machado negam qualquer pagamento de  propina. E os advogados de Luís Cláudio alegam que a empresa do filho do  ex-presidente Lula prestou uma consultoria para a Marcondes e Mautoni.
 Mantega
 O depoimento do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, marcado para o  dia 18, foi adiado para 2 de junho a pedido dele. Mantega alegou  problemas de saúde da mulher. O presidente da CPI, deputado Pedro  Fernandes (PTB-MA), concordou, mas deixou claro que não vai permitir  novo adiamento.
 A reunião ocorre no Plenário 7. (Agência Câmara)
  
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