Lula:O filho do Brasil
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Lula:O filho do Brasil


No final de semana eu assisti ao noticiado filme sobre o presidente da república.

De imediato é de se notar que o plano de promoção do filme alcançou todos os meios de comunicação e contou com muita publicidade.

A primeira forma de publicidade foi causada pelo incomodo que uma produção cinematográfica, sobre um presidente em exercício e, sobretudo, em ano eleitoral, gerou em nossa classe política opositora. Discursos inflamados, vitupérios, dedos em riste e cara de altivez deram a tônica no nosso legislativo.

A segunda, mais grave foi o acidente do diretor do filme – Fabio Barreto – que teve traumatismo craniano após o capote do seu carro

Foi pensando nisso ( o marketing indireto e a desgraça dos envolvidos )que entrei no cinema.Nos primeiros minutos,entretanto,meus pensamentos se dissiparam. O que se vê é a história da mãe do lula e não tanto dele. Logo no início vemos o lugar de onde saiu o futuro presidente: Uma mulher chamada Lindú no sertão de Pernanbuco.

Daí em diante vemos a história de uma migrante que luta para criar os filhos da melhor forma possível numa cidade hostil e grande. Neste sentido, o filme deveria ser chamado de “Lindú: a mãe do Lula” e não o apelativo “Lula: o filho do Brasil”, mas a apelação faz parte do jogo político nacional e interncional.




Para não dizerem que encampo a verdade, há também a infância pobre do menino que me pareceu um anjo: bonitinho,inteligente,corajoso,solidário,afetuoso e simples....que chega a ser simplório.Quando se mudam para SP numa caçamba de caminhão o futuro presidente do Brasil teria perguntado para sua mãe: “Isso que é cair no mundo?”.

Oh,que fofura de menino!!!!Gute-gute de presidente!

Há ainda passagens dignas de nota, por exemplo, os tempos de fábrica e a simbólica amputação do dedo,bem como a entrada de gaiato no sindicalismo.Afora isso,o filme romanceia em alguns pontos e em outros dá uns exemplos de arte.

No que concerne as atuações destacam-se a Gloria Pires no papel de progenitora de uma prole de miseráveis;o próprio Lula como o conhecemos cuja interpretação ficou a cargo de Rui Ricardo Diaz ator que conseguiu me tocar bastante nos momentos de drama(morte do filho e da mulher e durante a luta sindical) e menos nas cenas romanceadas.De qualquer forma,penso que ele ficará marcado pelo seu papel,assim, urge que arrume outra personagem que o possibilite tirar as possíveis dúvidas sobre se ele é ator de uma filme só,penso que não.A melhor atuação na minha opinião foi a de Milhem Cortaz que desde o Peixeira de Carandiru vem me chamando a atenção e me carismando. Incrível que durante os 15 minutos que aparece em cenas de 5 ou mais atores eu só conseguia prestar atenção nele.Vida Longa a esse cara.

A música é algo a ser comentado também. Os violinos do início do filme me trouxeram alguma lembrança de uma jornada como se a vida fosse uma grande estrada pela qual temos de cruzar e talvez seja mesmo.Além da bela canção do saudoso Tim Maia “você” trilha sonora da vida amorosa do nosso líder.

Voltando à política a oposição tem razão quando deplora o lançamento de um filme que,por mais que se insista em negar o fato,terá efeitos na população na hora do voto.O que se teme com relação a isso,e se teme com razão,é que o público possa se identificar com a história de uma nordestina que vem para a cidade ganhar a vida.Pode ser que a morte e vida Severina da dona Lindú leve as pessoas a agirem pelo lado sentimental e não racional na hora do voto isso é fato.Vai impactar.

O que não se sabe é se Lula terá habilidade política o bastante para realizar de forma plena a transferência de voto para a ministra da casa civil e candidata pelo PT à Presidência da República a Sra Dilma Rousseff.

O que fazer enquanto oposição?Poder-se-ia pensar em um filme sobre o Governador José Serra algo como “Vampiro Tucano – a revolução na área da saúde” ou sobre o ex-presidente FHC no espírito do “FHC: a sociologia do assim não pode, assim não dá!”

De qualquer forma o tucanato deve seguir o conselho da dona Lindú: Teima.... é só teimar...!!”bordão que reflete o slogan pra acabar com o complexo de vira-lata do brasileiro: “Sou Brasileiro e não desisto nunca!” que o governo lançou para aumentar a auto-estima da população.

Fernando Moreira dos Santos

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