O Senado e a Câmara dos Deputados terão esta semana suas primeiras  sessões deliberativas no governo de Michel Temer, o presidente da  República interino. A mudança vem acompanhada de nova composição de  forças, na qual o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Pc do B prometem se  apresentar como siglas de oposição, enquanto o Democratas e o PSDB  passam a ser importantes aliados do novo governo.
 A semana  promete começar com a definição dos novos líderes do governo nas duas  Casas. Serão eles os responsáveis por fazer com que a agenda de  prioridades que será apresentada pelo Executivo ao Congresso seja votada  com tranquilidade e sem sobressaltos.
 DRU
 No  Senado, entre os 10 itens que constam da pauta da sessão deliberativa  desta terça-feira (17) está a proposta de emenda à Constituição que  permite aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios aplicar em  outras despesas parte dos recursos hoje atrelados a áreas específicas,  como saúde, educação, tecnologia e pesquisa, que aguarda votação em  plenário. Popularmente conhecida como DRU , a desvinculação das receitas  da União (PEC 143/15) propõe nessa lista entre 25% da arrecadação da  União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio  econômico (Cide-combustíveis).
 Precatórios
 Também  está na ordem do dia a PEC dos Precatórios (159/15) - dívidas que o  governo tem com o cidadão que ganhou um processo judicial – a ideia é  permitir o uso de dinheiro depositado na Justiça para pagar dívidas  públicas.
 Medida Provisória
 Há ainda na  pauta de terça-feira a MP 707/15, já aprovada na Câmara. Na visão dos  deputados, a MP traz melhores condições de refinanciamento para  produtores rurais e caminhoneiros. Além disso, com ela, agricultores  terão mais prazo e desconto para quitar débitos referentes ao crédito  rural, e os contratos de financiamento de caminhoneiros com o Banco  Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão expandidos.
 Entre  os senadores, no entanto, a recepção à medida não foi tão positiva. O  tucano Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) alertou que, quando a MP foi  editada, a redação cabia em uma página. Ao chegar ao Senado, passou a  ter 24 páginas, em frente e verso.
 Quem também reclamou foi o  senador Agripino Maia (DEM-RN). Ele teme que a medida, vista como  fundamental para o Nordeste, tenha os efeitos comprometidos pelo fato de  outras regiões terem sido incluídas. Diante do impasse, a medida chegou  a ser posta em votação na terça, mas depois foi retirada.
Câmara
 Na  Câmara, a pauta está trancada por quatro medidas provisórias (MPs) e  três projetos de lei do Executivo com urgência constitucional. Entre as  MPs, está a (712/16) que define ações de combate ao mosquito transmissor  do vírus Zika e da dengue.
 Dívidas dos estados
 O  destaque entre as propostas que estão na pauta em regime de urgência é o  projeto de lei complementar 257/16 - que trata do alongamento das  dívidas de estados e do Distrito Federal com a União por 20 anos se eles  cumprirem medidas de restrição fiscal vinculadas, principalmente as  despesas com pessoal.
 O tema é polêmico e alvo de questionamento  no Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu por 60 dias o  julgamento da mudança no cálculo da correção de dívidas dos estados com a  União. Os governadores pedem o cálculo por juros simples, enquanto o  governo federal defende os juros compostos (juros sobre juros), como  ocorre em todos os empréstimos. Caso não haja acordo em torno do  projeto, o assunto poderá voltar para análise do Supremo no fim de  junho.
 Também por decisão de ministros do STF, foram concedidas  liminares a 11 estados (MG, RS, SC, AL, SP, RJ, MS, GO, PA, SE e MT)  para aplicação da taxa simples de juros às atuais parcelas sem a  aplicação de sanções. Há pedidos pendentes de mais cinco unidades da  Federação (prefeituras de Bauru, da Bahia, do Distrito Federal, do Amapá  e de Pernambuco).
(Fonte: Agência Brasil) 
  
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