Passada a derrota na Câmara, o governo tem um terço dos 30 ministérios chefiado por "tampões" - Foto: Divulgação
A autorização para abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff já começa a provocar uma debandada no primeiro escalão, mas o Palácio do Planalto ampliou a ofensiva para segurar ministros. Até agora, Dilma conseguiu manter cinco dos sete titulares do PMDB. Mesmo assim, passada a derrota na Câmara, o governo tem um terço dos 30 ministérios chefiado por "tampões".
Os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, mantiveram-se fiéis a Dilma e foram reconduzidos aos cargos. Eles haviam deixado os postos e reassumido suas cadeiras na Câmara apenas para votar contra o impeachment.
Na noite de segunda-feira, o titular dos Portos, Helder Barbalho (PMDB), estava disposto a entregar o cargo a Dilma, mas ela pediu sua ajuda e o convenceu a ficar, ao menos por enquanto. Helder é filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA).
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), que era líder do governo no Senado, permanecerá na equipe. "Não podemos tomar nenhuma medida de forma precipitada e não farei isso", disse Braga. O governo não teria mais um voto com o retorno de Braga ao Senado porque a mulher dele, Sandra, também filiada ao PMDB, é sua suplente. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), fica por enquanto à frente da pasta, mas, se for necessário, pode reassumir sua cadeira no Senado para votar contra o impeachment.
Dilma demitiu Mauro Lopes, que era do PMDB e comandava a Aviação Civil. No plenário da Câmara, ele votou pela deposição da presidente. "Portanto, não é mais ministro do meu governo", afirmou ela. Lopes ocupava o cargo que já foi de Eliseu Padilha, braço direito do vice-presidente Michel Temer. A nomeação dele agravou ainda mais a relação entre a presidente e o vice.
A posse de Lopes foi no mesmo dia que a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da Casa Civil. Desde que o Supremo Tribunal Federal suspendeu a nomeação de Lula, Eva Chiavon é quem tem assinado as decisões da Casa Civil no lugar de Jaques Wagner, transferido para o Gabinete Pessoal da Presidência. Nesta segunda, 18, Dilma disse esperar que o Supremo autorize Lula a assumir a pasta nesta semana. (AE)
(Fonte Diário do Poder)
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