O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou agora há pouco que  vai julgar amanhã (5) o pedido da Rede Sustentabilidade de afastamento  do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A ação foi  protocolada ontem na Corte e está sob a relatoria do ministro Marco  Aurélio.
 O partido sustenta que Cunha não pode permanecer  na presidência da Câmara por ser réu em uma ação penal que tramita no  STF sobre o suposto recebimento de U$S 5 milhões de propina em contratos  de navios-sonda da Petrobras. Para o partido, Cunha está na linha  sucessória da Presidência da República, cargo que não admite, de acordo  com a Constituição, ser exercido por um réu.
 “Não é possível que  ocupe um cargo que é constitucionalmente vocacionado à substituição do  Presidente da República alguém que é réu em ação penal instaurada pelo  STF, porque esse estado é incompatível com o exercício das funções de  Chefe de Estado e de Governo. Consequentemente, enquanto pende o  processo, o envolvido está impedido de exercer a Presidência da Câmara  dos Deputados ou do Senado Federal, devendo, por isso, ser afastado  destes cargos.”, argumenta o partido.
 Ao fazer o anúncio do  julgamento, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, disse que a  Corte deve resolver a questão amanhã, porque será a última sessão do STF  antes da votação no plenário do Senado sobre o pedido de abertura de  processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Ela será  afastada por 180 dias, em caso de aprovação. A votação está prevista  para a próxima quarta-feira (11).
 “Está caracterizada a urgência  na medida em que amanhã será a última sessão [do STF] antes daquela  quarta-feira, e que nós poderemos decidir a questão que será trazida  pelo ministro Marco Aurélio”, disse o presidente.
 Caso o Senado  aprove a admissibilidade do impeachment e o afastamento de Dilma por 180  dias, Michel Temer, atual vice-presidente, assumiria o cargo e Cunha  seria o primeiro na linha sucessória, exercendo na prática as atividades  de vice.
 A Constituição proíbe que um réu assuma uma cadeira no  Palácio do Planalto, mesmo de forma interina, no caso de uma viagem de  Temer para fora do país, por exemplo. A dúvida é saber se Eduardo Cunha  poderá ocupar o cargo sendo réu em uma ação penal no STF, por suspeita  de receber U$S 5 milhões em propina.
 Ação Penal
 No  mês passado, o Supremo abriu ação penal contra Cunha e a ex-deputada  federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelos  crimes de corrupção. Cunha passou a condição de primeiro réu nas  investigações da Operação Lava Jato que tramitam no Supremo.
 De  acordo com os ministros, há indícios suficientes de que Eduardo Cunha  pressionou, a partir de 2010, o ex-consultor da empresa Mitsui e um dos  delatores da Lava Jato, Júlio Camargo, para que ele voltasse a pagar  propina de US$ 5 milhões por um contrato de navios-sonda com a  Petrobras, cuja negociação foi interrompida por problemas jurídicos.
 Outro processo
 Cunha  é alvo de um segundo pedido de afastamento, feito no ano passado pelo  procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O pedido é mais amplo e  solicita que Cunha seja afastado do cargo, mas não deve julgado amanhã.
 Para  justificar o pedido, o procurador citou 11 fatos que comprovariam que  Cunha usa o mandato de deputado e o cargo de presidente da Casa “para  intimidar colegas, réus que assinaram acordos de delação premiada e  advogados”.
  Fonte Agência Brasil
  
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