O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) quer que o superintendente executivo do Instituto FHC, Sérgio Fausto, deponha na CPI da Petrobras. Fausto é alvo de dois requerimentos de Solla, que solicitou também a quebra de sigilo do executivo, com a justificativa de que a comissão deve ser isenta na investigação do esquema de corrupção que atingiu a estatal. "O presidente do Instituto Lula (Paulo Okamotto) foi convocado porque a entidade recebeu doação da Camargo Corrêa. Se isso é critério para ser investigado na CPI, então que venha o Fausto: o IFHC recebeu da Camargo Corrêa, em 2011, recebeu em 2002, recebeu até da Sabesp, uma empresa pública controlada pelo governo do PSDB de São Paulo", explicou o parlamentar. Os requerimentos 878/2015 e 880/2015 foram apresentados como forma de denunciar a postura parcial do presidente da CPI, o deputado Hugo motta (PMDb-PB). De acordo com Solla, Mota considerou prejudicados requerimentos que convocam envolvidos no esquema investigado pela Lava Jato, mas aprovou outros que fodem do objeto da CPI, como a convocação de Okamotto. “Agora ele tem uma situação igual, idêntica, nas mãos. Se ele prejudicar e não colocar para votar esses requerimentos, prova mais uma vez que usa de dois pesos e duas medidas, comprometendo toda a investigação com a mácula da perseguição política”, acrescentou o petista. Solla ainda apresentou nesta quarta-feira (17) requerimentos de convocação e quebra de sigilo do executivo da Camargo Corrêa, Pietro Bianchi - anteriormente prejudicados por Motta por não encontrar relação com as investigações da Lava Jato. Uma reportagem da Folha de S. Paulo, entretanto, revelou que Bianchi era o "principal responsável por organizar o repasse de propina da empreiteira a políticos". Bianchi foi preso na Operação Castelo de Areia, em 2008, e demitido da empresa, mas ainda assim continuou a receber repasses da Camargo Corrêa, de R$ 7,38 milhões entre 2008 e 2012. Por causa disso, seu nome é citado no relatório da Polícia Federal que foi anexado à ação penal movida contra a empreiteira pelos procuradores da Operação Lava Jato.