Os servidores do Poder Judiciário da Bahia decidiram, em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (24), entrar em greve por tempo indeterminado. A categoria não aceitou a proposta do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que tentou negociar a divisão, em duas vezes, do pagamento do reajuste dos salários. A proposta do órgão era de 3,5%, a serem pagos em setebmbro, e o restante, 2,81%, em novembro. “A proposta foi dividir o pagamento em setembro, mas sem retroativo e novembro. A data-base é janeiro, teria que ser a retroativo janeiro”, declarou a assessoria de imprensa do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), que responde pela categoria. Ainda de acordo com o Sinpojud, o TJ-BA ainda não realizou o pagamento de 5% da última parcela do plano de cargos e salários dos servidores, que deveria ser feito ainda este mês. O Sindicato afirma que os servidores “estão indignados” e reclamam do que chamam de “falta de diálogo” do presidente do Tribunal, Eserval Rocha, com a categoria. “O Tribunal não conversa. O presidente não tem diálogo com o sindicato. Não conversa com sindicato e categoria”, afirmou o Sinpojud. Ainda de acordo com a entidade, a greve terá início na próxima quinta-feira (30), já que, como foi decretada nesta sexta, precisa respeitar o período de 72h para seu início, determinação estipulada na lei que dispõe sobre movimentos grevistas. Apesar da greve, 30% dos servidores continuarão trabalhando, executando atividades como liberação de alvarás de soltura, expedição de liminares relacionadas à planos de sáude e audiências com réu preso.