Relação do PMDB com PT é conflituosa, diz Cunha
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Relação do PMDB com PT é conflituosa, diz Cunha


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que a relação do PMDB com o PT é conflituosa, principalmente após os protestos ocorridos nesta sexta-feira em João Pessoa (PB), durante o evento Câmara Itinerante realizado na Assembleia Legislativa do Estado. “O PT em todo País às vezes procura criar contencioso com o PMDB. É claro que isso não quer dizer que o PMDB vai se afastar da base do governo, mas que a relação do partido com PT é conflituosa não há a menor dúvida”, declarou.
As declarações foram feitas após o encerramento do Câmara Itinerante realizado em Natal (RN) nesta tarde.
Divergências na reforma política
Questionado por jornalistas, Cunha também comentou a posição conflitante do PMDB com o PT em relação a alguns pontos da Reforma Política, como o financiamento público de campanhas e o voto em lista pré-ordenada, defendidos pelos petistas. “O PMDB defende o voto distritão – voto majoritário no Estado, onde os mais votados são os eleitos – e o financiamento privado com restrições, então, são posições diferentes”, explicou.

O objetivo do presidente é que as mudanças sejam aprovadas até outubro para que possam vigorar nas próximas eleições, em 2016. “Pretendo que a Câmara conclua sua parte até no máximo o início de junho e caberá ao Senado aprovar até outubro para que possam valer para as próximas eleições. Esse é o nosso objetivo”, afirmou.
O presidente da Câmara comemorou o sucesso do evento em Natal, destacando a “maturidade política” do público presente. “Aqui, houve o exercício do debate político, uma oportunidade que não deve ser desperdiçada”, disse Cunha que voltou a criticar os protestos ocorridos em João Pessoa. Ele reafirmou que a manifestação foi orquestrada pelo PT e que o governador do Estado foi omisso.
Repúdio à terceirização 
Em Natal, Cunha recebeu da Câmara Municipal da cidade uma moção de repúdio ao projeto de lei que regulamenta o trabalho terceirizado (PL 4330/04).

O presidente atribuiu as discordâncias ao desconhecimento da proposta e do contexto em que está sendo discutida. “Há uma ADI [Ação Direta de Inconstitucionalidade] em discussão no Supremo Tribunal Federal que pode acabar com a diferenciação entre atividade meio e atividade fim e deixar os trabalhadores sem nenhuma regulamentação que garanta seus direitos”.
Um dos pontos mais polêmicos do projeto em discussão na Câmara é o que permite a terceirização na atividade fim, hoje restrita a atividade meio. Cunha também criticou o posicionamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que segundo ele teve uma conversa amistosa em seu gabinete para, no dia da votação, organizar protestos em frente ao Congresso.

Continua:

  • Para Cunha, reforma tributária só será possível com novo pacto federativo
  • Em debate no RN, presidente da Câmara defende redução da maioridade penal



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