Questionada por senadores, Janaína diz que processo de impeachment é político e jurídico
Mundão

Questionada por senadores, Janaína diz que processo de impeachment é político e jurídico


Questionada pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial do Senado, a advogada Janaína Paschoal disse nesta quinta-feira (28) que o processo é de natureza mista, tendo em vista que o caso envolve aspectos jurídicos e políticos, previstos na legislação em vigor.
Para que se justifique o processo, é preciso haver a tipicidade, que se constitui de fatos que se encaixam em tipos descritos na Lei do Impeachment, disse Janaína.
— E o processo é político porque a Casa, que é uma Casa política, é quem faz o julgamento. A sanção é política, mas o fundamento é jurídico — afirmou.
Janaína avaliou ainda que o exercício de um cargo público, como o de presidente da República, exige, “uma vez tomado o conhecimento de situações que possam ser ilícitas”, o afastamento de todas as pessoas suspeitas de envolvimento nesses episódios.
— O dolo se configura primeiro na intimidade entre a presidente e o secretário do Tesouro. A própria equipe do Tesouro reclamava dessa relação. Ela acompanhava essas finanças de perto, era dúbia nos palanques e dava garantia de que cumpriria as contas públicas. O dolo se caracteriza quando a presidente deixa de tomar providências, quando as denúncias estão claras para todo mundo. A posição da presidente sempre foi a de passar a mão na cabeça de gente enrolada — afirmou.
Em resposta a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que a questionou sobre parecer emitido a pedido do PSDB a favor do afastamento da presidente, Janaína ressaltou que não pode trabalhar de graça e que não é filiada ao partido. Ressaltou ainda que a legenda demorou muito para apoiar o pedido de abertura de impeachment apresentado à Câmara, assinado por ela e pelos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo.
O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que 53 pedidos de impeachment foram apresentados na Câmara, sendo 41 arquivados, 11 ainda estão sob análise e apenas um foi aprovado, estando agora em discussão no Senado. Cássio disse que Dilma praticou atos que atentaram contra a Constituição, sobretudo em relação à lei orçamentária, o que configura crime de responsabilidade, a exemplo da abertura de crédito orçamentário sem autorização do Legislativo.
— É uma fraude fiscal que levou o Brasil à recessão, ao desemprego e à morte de brasileiros — afirmou.
Veja a matéria consolidada
(Fonte; Agência Senado)



loading...

- Juristas Janaína Paschoal E Reale Jr. Defendem Pedido De Impeachment De Dilma
Os juristas Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal explicaram à Comissão Especial do Impeachment nesta quinta-feira (28) os argumentos que usaram para fundamentar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A reunião da comissão durou...

- Comissão Do Impeachment No Senado Elege Hoje Presidente E Relator
A Comissão Especial do Impeachment no Senado, eleita nessa segunda-feira (25) pelo plenário da Casa, se reúne hoje, às 10h, para eleger o presidente e o relator. O presidente indicado é o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que apresentou a previsão...

- Câmara Aprova Abertura De Impeachment De Dilma; Processo Segue Para O Senado
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (17) a abertura do processo deimpeachment da presidenta Dilma Rousseff. A votação ainda não terminou, mas já atingiu os 342 votos favoráveis necessários para dar continuidade ao processo de...

- Deputados Repercutem Decisão De Cunha De Abrir Processo De Impeachment De Dilma
Diversos deputados falaram há pouco em Plenário sobre a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de aceitar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade.“A presidente Dilma...

- Líder Do Dem Diz Que Espera Apreciação Do Pedido De Impeachment Até Dia 15 Por Elizabeth Lopes E Iuri Pitta | Estadão Conteúdo
O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou nesta segunda-feira (26) que a oposição não vai facilitar a vida do governo da presidente Dilma Rousseff em relação à abertura de processo de impeachment nem "blindar" o presidente...



Mundão








.