Políticos do PMDB combinavam versões para evitar alcance da Lava Jato, indica PGR
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Políticos do PMDB combinavam versões para evitar alcance da Lava Jato, indica PGR


                                           Foto: Jane de Araújo / Agência Senado
Políticos da cúpula do PMDB combinavam versões de defesa e estratégias para não serem alcançados pela Operação Lava Jato. A indicação consta no pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com a Folha, a ideia era costurar defesas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney (PMDb-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), alvos dos pedidos de prisão, e impedir que Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, colaborasse com as apurações. Há indícios de que foram produzidos documentos para tentar maquiar os desvios na gestão de Machado, segundo o qual Renan, Sarney e Jucá teriam recebido R$ 70 milhões da subsidiária da Petrobras. A base dos pedidos de prisão são as gravações dos peemedebistas feitas por Machado e entregues à PGR, além de documentos que comprovariam movimentações financeiras. Investigadores argumentam que apenas o afastamento de Renan e Jucá do Senado não surtiria efeito para impedir prejuízo às apurações da Lava Jato. No caso de Renan, o pedido de afastamento da presidência do Senado foi uma alternativa colocada por Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso a prisão não fosse acolhida pela Corte. Outro argumento é que os diálogos captados demonstram interesse do trio em mudar a decisão do Supremo, que prevê a prisão de condenados a partir da segunda instância. De acordo com a Folha, os políticos que foram alvo do pedido de prisão negam irregularidades e que tenham recebido propina. Sobre a combinação de versões de defesa e estratégias, Renan informou que "a chance de ter acontecido isso é zero". O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), afirmou que a versão da Procuradoria é "fantasiosa". Kakay disse que Sarney não era investigado na Lava Jato e não tinha preocupação com o assunto. Sobre Jucá, o advogado disse que nas conversas ele só discutia mudanças na lei, uma função parlamentar.



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