O Ministério Público Federal (MPF) anunciou nesta quinta-feira (14) o pedido de bloqueio de R$ 544 milhões em bens dos grupos Galvão Engenharia, Camargo Correa e Sanko Sider, além de seus diretores. Os valores são referentes a propinas pagas no esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato envolvendo esses grupos e a Petrobras. Até agora foram quase R$ 700 milhões bloqueados em ações cíveis. Apenas o grupo Galvão Engenharia e seus diretores tiveram R$ 302 milhões bloqueados. Os grupos Camargo Corrêa e Sanko Sider somam R$ 241 milhões bloqueados. De acordo com a Agência Brasil, os réus das ações têm até 15 dias para apresentarem “bens livres e desimpedidos passíveis de constrição judicial”. De acordo com o MPF, os grupos investigados movimentavam, apenas em propina, valores entre 1% e 3% do montante total de contratos bilionários. Os contratos eram assinados após licitações fraudulentas. Nesta quinta, o MPF também apresentou denúncia contra 13 envolvidos no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Dentre eles, quatro são ex-parlamentares que exerciam mandatos no Congresso durante o período de envolvimento com o esquema ilícito. De acordo com o procurador da República, Deltan Dallagnol, novos nomes, entre eles políticos, estão sendo investigados e devem ser divulgados futuramente.