Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Há pouco mais de um mês, as bolsas de apostas no Palácio Thomé de Souza sobre o potencial candidato a vice na chapa de ACM Neto (DEM) na tentativa de reeleição sugeriam que dois deles, Luiz Carreira (PV) e Bruno Reis (PMDB), estavam mais à frente dos outros dois potenciais, Silvio Pinheiro (PSDB) e Guilherme Bellintani (PPS). No entanto, a notícia de que o secretário de Urbanismo, Silvio Pinheiro, se filiou ao PSDB (veja aqui) embolou um pouco mais a disputa que, frise-se, é apenas uma guerrilha interna para saber quem receberá o amém definitivo do prefeito ACM Neto. Avaliações de bastidores apontam prós e contras de cada um dos candidatos, que podem eventualmente se tornarem prefeitos em 2018, caso o democrata decida ser candidato a governador. Carreira, na Casa Civil, é o mais experimentado de todos. Político desde os tempos de ACM avô, foi para o PV a pedido de ACM Neto para uma saída tangente de justificar a manutenção da vice com o partido – em 2012, coube a legenda indicar Célia Sacramento para a vaga, que ao ingressar o PPL praticamente desistiu de permanecer no cargo. Não tem tanta envergadura partidária, porém é visto como um autêntico cão de guarda. Reis, cria de ACM Neto e ex-assessor do então deputado federal, foi uma jogada tática do prefeito para manter alguém ligado a ele no PMDB, maior partido em tempo de televisão para a campanha. Possui peso na relação pessoal com o prefeito e, se tiver o aval dos Vieira Lima, que controlam o PMDB, pode ser alçado a condição de vice – isso sem considerar a conjuntura política em que a legenda pode se tornar ainda mais poderosa. Esses dois eram considerados franco favoritos. Entretanto, a chegada de Pinheiro no PSDB o fortaleceu com o fato da legenda ser um aliado de mais envergadura na política nacional do que o Solidariedade, até então legenda do secretário de Urbanismo. O “pulo do gato” dele, todavia, foi não sair em litígio com a antiga casa. Assim, entram na contabilidade política do prefeito que Pinheiro agremia o PSDB, com seus caciques João Gualberto, Antônio Imbassahy, Jutahy Jr. e Paulo Câmara, somado ao SD, que no plano nacional possui Paulinho da Força, um dos herdeiros da condição de oposição raivosa dos tempos em que ACM Neto chegou a propor uma “surra” no então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pinheiro também teria ao próprio favor a simpatia de amigos próximos do democrata, algo que pode ser decisivo para a escolha definitiva. Cada vez menos presente na disputa, Bellintani talvez consiga intentar sua antiga meta: deixar o serviço público ao fim da gestão atual. Porém ainda não pode ser oficialmente descartado. O tabuleiro de xadrez de Neto vai se aproximando do xeque prometido para junho.
(fonte Bahia noticias)
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