Ainda não há um posicionamento concreto do PMDB sobre o futuro da relação do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff. Mas apesar de o presidente baiano da legenda, Geddel Vieira Lima, evitar falar sobre os apoios reais que o movimento já tem, ele confirma que tem conversado “com muita gente”. “Não tem como falar isso agora, porque não há nada concreto. Não dá pra dizer os números [de apoiadores], mas está indo bem”, contou, em entrevista ao Bahia Notícias. Geddel disse não haver problemas no posicionamento do vice-presidente Michel Temer, principal articulador do governo, mas sim com a posição do partido como um todo. “É incompatível falar em projeto de candidatura própria estando dentro do governo. Nossa responsabilidade não é com o governo, é com a população, com o país”, avaliou. Vieira Lima não quis “antecipar conversas”, mas acredita que o as articulações vão desaguar no congresso do PMDB, marcado para setembro, quando o partido deve visualizar melhor o posicionamento que deve ter. “O congresso não é uma convenção, não tem força decisória. Mas mostrará para muita gente que, enquanto partido, nossa posição traz credibilidade para a base partidária, nossos prefeitos, vereadores, deputados...”, explicou. Para o líder baiano da sigla, é necessário um movimento que resgate a política de desenvolvimento, reduzindo juros e aumentando a credibilidade. “Esse governo está mostrando que está dissociado, afastado da sociedade. Não tem credibilidade, competência nem iniciativa. Não oferece esperança”, criticou. Questionado se o possível impeachment de Dilma não poderia afetar também a imagem do PMDB, Geddel também evitou especulações. “Essa é uma questão que está na Constituição. Eu não especulo”, concluiu.