Como parte da mobilização em Porto Alegre pelo Dia Nacional de Paralisação contra o projeto de terceirização, a frota de ônibus da Carris, empresa pública de transporte, não circula desde o início da manhã de hoje (15). Manifestantes bloqueiam a garagem da empresa impedindo a saída dos veículos, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação. Ao longo do dia serão feitos protestos em todo o Brasil, convocados por centrais sindicais.
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na frente da garagem da Carris quando um homem vestido com trajes gaúchos agrediu manifestantes e usou uma chaira (objeto que afia facas). A Polícia Militar da capital informou que o homem foi levado para a delegacia e presta depoimento.
A expectativa da empresa de ônibus é que a manifestação na Carris se encerre às 12h, afetando 125 mil passageiros. A companhia transporta 250 mil usuários diariamente.
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De acordo com o diretório da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio Grande do Sul categorias como a dos bancários, professores e metalúrgicos também organizam na capital e em cidades do interior paralisações e atividades, como assembleias em portas de fábrica. De acordo com a CUT, Canoas, Pelotas e Santa Maria tem agendas de mobilização ao longo do dia.
Está previsto para as 12h uma concentração dos trabalhadores e representantes de sindicatos na Avenida Alberto Bins, no centro de Porto Alegre. De lá, os manifestantes seguem em caminhada até a Assembleia Legislativa.
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e região informou que ontem (14), em assembleia, a categoria decidiu pela adesão ao dia de paralisação. O sindicato ainda não tem um balanço sobre a adesão dos trabalhadores. Pela manhã, bancários se concentraram em frente a agências na Praça da Alfândega e no centro da cidade.
O texto-base do Projeto de Lei 4.330/2004, que regulamenta a terceirização, foi aprovado no último dia 8. O ponto mais polêmico é o que autoriza a terceirização total das atividades das empresas privadas, inclusive da chamada atividade-fim – aquela que identifica a área de atuação de uma companhia. Atualmente, apenas atividades-meio como, por exemplo, limpeza e segurança podem ser ocupadas por trabalhadores terceirizados. Ontem (14), a Câmara dos Deputados voltou a analisar os destaques que deputados apresentaram à proposta.
Durante o novo debate, os parlamentares aprovaram a retirada do projeto de lei do trecho que permitia que também as empresas públicas, sociedade de economia mista e suas subsidiárias e controladas recorram à terceirização. A votação dos outros destaques será retomada na tarde de hoje.
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