Apuração da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador de propinas para o PMDB no escândalo da Petrobras, sofreu ameaças para não fazer acordo de delação premiada. De acordo com a Folha, na Coluna de Mônica Bergamo, Baiano teria recebido recados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para não abrir a boca. No entanto, o advogado que defende Baiano, Nélio Machado, disse que a informação não procede. Machado ainda afirmou que orienta o cliente a não aderir a acordo de colaboração. Ainda dois outros delatores que acusam Eduardo Cunha de receber propina por meio de Fernando Baiano, o doleiro Alberto Youssef e o empresário Julio Camargo, já declararam à Justiça temer represálias do presidente da Câmara. No caso de Youssef, o doleiro afirmou ao juiz Sergio Moro que um "pau mandado" de Cunha faz ameaças à família dele.