Proponente de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as obras do Metrô na gestão Imbassahy (PSDB), a deputada estadual Luiza Maia (PT) tem encontrado resistência até mesmo dentro da bancada do seu partido. “Zé Neto [líder do governo, PT] está fazendo campanha para não assinar. Fica dizendo que CPI é instrumento da oposição. Eu não entendo. Vi na imprensa que o deputado Jorge Solla está querendo reiniciar as investigações da Operação Castelo de Areia, em Brasília. Acho que uma CPI aqui na Assembleia iria fortalecer o movimento”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, nesta terça-feira (7). Em entrevista ao BN, Zé Neto disse que só é contra a CPI, pois não vê “objeto consistente”. “Não tenho elemento para dizer à bancada de governo que assine a CPI. Não posso pegar uma matéria de jornal e dizer que ‘isso é um fato’”, argumentou. De acordo com a parlamentar, nesta terça, segundo dia em que colheu assinaturas, apenas sete deputados estaduais endossaram o pedido com assinaturas. “Faltam 14. Se a bancada do PT assinar, ficam faltando só quatro”, contou, ao continuar: “quer dizer, vai deixar Imbassahy lá na CPI da Petrobras pagando de paladino da Justiça sendo que há o que ser investigado dele aqui?”. Também nesta terça (7), Adolfo Viana (PSDB) acusou o PT de “sepultar” a CPI do Metrô proposta pelo agora deputado federal Elmar Nascimento (DEM). “Foi o próprio Partido dos Trabalhadores, em 2010, que sepultou. A Luiza Maia quer atrapalhar o excelente trabalho do deputado Imbassahy. Se ela quiser, eu sou o primeiro a assinar o pedido da CPI”, bradou o tucano. Maia, em contato com o Bahia Notícias, disse que “não tem nada a ver com essa CPI de 2010, pois não era nem deputada”. “Como é que ele desconstruiu o meu discurso assim? Ele ficou foi muito agoniado com a CPI. Todo homem público tem que estar pronto para ser investigado. O própio Adolfo pediu duas vezes para ver o requerimento”, afirmou. De acordo com a petista, além dela, assinaram o documento Gika (PT), Zô e Bobô (PCdoB), Manassés (PSB), Adolfo Menezes (PSD) e Antônio Henrique (PP).