Com as novas denúncias que atingem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) passou a ser uma opção de novo comandante do Legislativo, caso Cunha deixe o cargo. De acordo com o Estadão, em razão das suspeitas e acusações que envolvem Cunha no âmbito da Operação Lava Jato, o governo já acredita na possibilidade de PMDB e PT formarem uma chapa para suceder o deputado fluminense. A ideia do governo é apoiar uma chapa liderada por um peemedebista não hostil e evitar repetir a derrota para Cunha – que passou a atuar na Casa contra os interesses da gestão Dilma. Eleito líder do PMDB com apoio do presidente da Câmara, Picciani tem se distanciado de seu correligionário e se aproximado do governo, movimento que se aprofundou durante as negociações para a reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira. Picciani afirma não haver qualquer discussão envolvendo a sucessão de Cunha, até porque diz acreditar em sua inocência. Mas afirma que tentar a presidência é um “caminho natural”, mesmo que somente em 2017, quando haverá nova disputa pelo comando da Câmara.