Investigado pela Operação Lava Jato, o ex-presidente e senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) chamou, nesta segunda-feira (24), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “fascista da pior extração”. Ainda na tribuna do Senador, Collor chamou Janot de "figura tosca" e o acusou de "arbitrariedade" na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O senador voltou a reclamar por não ter sido ouvido pelos investigadores antes de a denúncia ser entregue ao STF. Na última quinta (20), Collor e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram denunciados por Janot por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado na operação. O procurador-geral pediu a condenação dos dois sob a acusação de terem cometidos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que Collor recebeu, entre 2010 e 2014, R$ 26 milhões como pagamento de propina por contratos firmados pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras - ele nega. O discurso desta segunda foi a primeira declaração pública de Collor desde que a denúncia contra ele foi apresentada.