Cartel do metrô de SP começou em 2000; MP investiga participação de agentes públicos
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Cartel do metrô de SP começou em 2000; MP investiga participação de agentes públicos




O Ministério Público de São Paulo iniciou nova frente de investigação para apurar suspeita de que grupos empresariais que participaram do cartel do metrô de São Paulo teriam corrompido agentes públicos para conseguir contratos bilionários. “Os indícios existem, mas é uma investigação complexa”, afirma o promotor de Justiça Marcelo Milani, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social. Parte das evidências foi suscitada com o inquérito da Polícia Federal, de novembro de 2014, com indiciamento de 33 pessoas. Desde que o cartel veio à tona, em maio de 2013, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) determinou a investigação do caso, com a colaboração da CPTM e do Metrô. “O cartel se estabeleceu definitivamente a partir do ano de 2000. Não é uma suspeita. Estamos afirmando que começou em 2000”, disse o promotor. Milani e os outros promotores envolvidos no caso, Nelson Luís Sampaio de Andrade, Daniele Volpato Sordi de Carvalho Campos e Otávio Ferreira Garcia, ajuizaram ação civil que pede a dissolução de nove empresas, como as multinacionais Siemens, Alstom, CAF do Brasil e Bombardier, além da devolução de quase R$ 1 bilhão aos cofres públicos paulistas por danos materiais e morais. O Ministério Público também quer a anulação de três procedimentos de licitação relativos a contratos de manutenção de 88 trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), das séries 2000, 2100 e 3000. Os contratos foram firmados em 2007 e receberam aditamentos em 2011 e em 2012, durante a gestão José Serra e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. A ação não indica envolvimento de nenhum agente público. “Trabalhamos com a suspeita de recebimento de propinas e omissão, dois tipos de condutas. Temos suspeitas de que as sociedades empresárias fizeram práticas corruptas para ganhar licitações em São Paulo. Mas não temos nomes, ainda”, diz Milani. De acordo com o promotor, a população acabou arcando com o custo financeiro da prática de cartel. “A população ordeira, cumpridora de seus deveres tributários, teve que pagar mais caro em razão das condutas anticompetitivas. Em contrapartida, recebeu serviços de qualidade inferior àqueles que receberia se tivesse havido competição”. 
(Informações Bahia noticias)



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