O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá que detalhar ao Tribunal de Contas da União (TCU) informações sobre operações de crédito entre a entidade e o grupo JBS, responsável pela Friboi. O frigorífico perdeu o recurso que movia contra a decisão do TCU, em que argumentava que a ação seria caracterizada como quebra de sigilo bancário, já que parte dos recursos do bando não viria do Tesouro Nacional. "Mesmo os recursos captados junto ao Tesouro Nacional por meio da celebração de operações de crédito ingressam na instituição como recursos próprios, sendo impertinente o enquadramento na modalidade 'recursos públicos'", defendeu a instituição financeira, segundo a Veja. "Os recursos aplicados são públicos, a empresa aplicadora é pública e a política orientadora é pública", rebateu o relator do processo, ministro José Jorge, em seu voto. O JBS foi um dos principais doadores de campanhas nas duas últimas eleições. O TCU solicitou as informações por causa de uma investigação sugerida pela Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) da Câmara, que acusa o banco de não cobrar multa de R$ 500 milhões após o descumprimento de uma cláusula de internacionalização. Além disso, a comissão teria apontado supostas irregularidades na aquisição de títulos de crédito do JBS pelo BNDES e consequente aumento de participação acionária na empresa de alimentos.