Único candidato a governador ausente no debate promovido pela Universidade Federal da Bahia, nesta quinta-feira (17), marcado para as 19h, o petista Rui Costa afirmou, em entrevista à rádio CBN, que a discussão sobre a prevenção à violência não é restrita ao estado. “Segurança não é só questão para a Bahia. São Paulo, por exemplo, bate recorde em explosões de caixas eletrônicos. O governo federal tem que entrar de forma decisiva, com o Exército e Polícia Federal, que são os responsáveis pelo controle de compra e venda de explosivos”, defendeu. O petista disse que pretende, se eleito, fortalecer a inteligência e corregedoria das polícias. “Não é possível que uma operação para desbaratar as grandes corporações criminosas seja prejudicada por vazamento de informação”, avaliou. Apesar de reconhecer a importância de promover melhorias no setor, ele diz que não vê em seu adversário Paulo Souto (DEM) autoridade para atacar. “Wagner recebeu sucata como herança. Duzentas cidades estavam sem viatura, os policiais usavam o velho [calibre] 38 e a Polícia Civil tinha que revezar arma. Confirmem o que eu digo com delegados ou policiais. Muitos não saiam para operações porque não tinham arma, não tinham colete à prova de bala. O candidato Paulo Souto usa a segurança como assunto quase exclusivo, mas não responde como conseguiu aumentar em 87% o índice de violência em relação ao que recebeu do governador César Borges”, comparou. Rui promete que, caso vença a eleição, a bancada baiana no Congresso e na Assembleia Legislativa também será chamada a contribuir com o debate. “Essa é a diferença que quero fazer. Já comentei isso com meus pares, deputados federais. No Congresso, não vemos os mineiros e gaúchos se digladiando quando o que está em pauta são os interesses da população. Vamos estabelecer um pacto para revisão do Código Penal”, anunciou. O petista também defendeu a prevenção da violência, com ações na educação e nos esportes. “Vou ampliar o número de escolas em tempo integral, para que em um turno aprendam as disciplinas regulares e no outro desenvolvam habilidades em diversas áreas: esporte, música, uma profissão”, exemplificou. “Tenho meta de colocar mais 150 mil jovens matriculados em cursos profissionalizantes, retomar as competições olímpicas entre as escolas e promover arte e cultura em toda a rede de ensino”, completou.