O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), atuaria como um “aliado oculto” do governo federal na articulação para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o tucano seria prejudicado tanto pelo impedimento da petista quanto pela eventual cassação da chapa vencedora. Alckmin quer ser o candidato à Presidência da República em 2018, mas as duas alternativas atrapalhariam seus planos: a primeira faria o PMDB ganhar força e abocanhar territórios estratégicos para os tucanos; a segunda daria ao senador Aécio Neves (PSDB) o favoritismo dentro do partido. Mesmo assim, segundo a colunista, ambas possibilidades são consideradas improváveis. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim teriam se reunido recentemente para discutir os possíveis desfechos do mandato petista no Palácio do Planalto. Para eles, a cassação da chapa é remota e o impeachment não teria fundamento jurídico. Além disso, o governo ainda teria força para garantir os 172 votos contra. Já a renúncia, acreditam, seria “quase impossível” por causa do perfil de Dilma.